Importante: Este é o segundo livro da trilogia da escritora Kiera Cass. O primeiro volume, "A Seleção", já foi falado blog e a resenha pode ser encontrada aqui.
Sobre o livro:
O livro possui uma linguagem simples e uma narrativa direta, o que contribui para que seja lido com facilidade e rapidez.
Acerca da história é preciso mencionar que neste volume America está completamente indecisa e a todo o tempo se questiona sobre os sentimentos pelo Príncipe Maxon e por Aspen. Essa situação, repleta e vai e vem, se torna cansativa, o que não acontece em "A Seleção". Além disso, a submissão dos dois rapazes a todos os seus desejos e suas vontades são excessivos, o que traz certa artificialidade à relação.
No entanto, no que se refere ao contexto político de Illéa, a obra evolui de forma considerável. Os ataques dos rebeldes se intensificam, os segredos da formação do País são abordados e as desigualdades e injustiças sociais são apresentadas com mais destaque (espero mais ainda no último livro).
Além disso, a relação entre o Rei, a Rainha e o Príncipe é tratada com mais afinco, deixando clara a contradição entre aquilo que se vê e aquilo que realmente acontece. Sem dúvida a intenção é criticar o mundo de aparências e ostentação em que vivem os poderosos.
Kiera consegue mostrar que todos possuem segredos, que nada é exatamente o que parece e coloca muitas situações novas no livro. Ela também apresenta questões relacionadas especificamente às outras finalistas e aos empregados do Palácio, o que confere maior importância a cada personagem e enriquece a obra.
Quanto às participantes da Seleção, que agora integram "A Elite", fica claro que ao mesmo tempo em que tentam estabelecer vínculos de amizade e respeito, todas estão ali em busca do casamento (ou da coroa), com isso, não há como criar uma relação tão íntima.
Sobre elas, uma situação que é conduzida de forma interessante é a de Marlee, a melhor amiga de America. A garota descumpre uma das regras da competição e, além de ser eliminada, sofre uma humilhação pública. Em meio a isso, conseguimos não só visualizar com mais intensidade os abusos do Rei, como também a postura de Maxon diante dele.
No que se refere aos personagens centrais, inegável que as características de cada um são desenvolvidas de forma a mostrá-los com todas as suas qualidades, defeitos e contradições:
- America, apesar de insegura acerca dos seus sentimentos, se mostra forte e justa na luta pelos ideais do povo. Assim, ao mesmo tempo em que sua personagem se torna irritante em razão das indecisões amorosas, surpreende pela força e pela coragem em outros aspectos;
- Maxon, enquanto permanece preso às escolhas do pai e submisso às vontades dele, tenta lutar pelo que acredita, um pouco a cada dia, para não ultrapassar os limites, Além disso, mesmo sendo romântico e apaixonado, sente vontade de aproveitar a vida como todo jovem normal;
- a Rainha, que é doce e educada, também consegue ser firme, segura e representar o seu papel com a frieza as vezes exigida;
- o Rei, que é sempre simpático diante das câmeras, faz tudo para se manter no poder e impor as suas vontades, independente das consequência e doa a quem doer;
- Aspen, mesmo discordando da política de castas, ama o trabalho de policial e o exerce com presteza, defendendo aqueles a quem odeia, na intenção de garantir uma vida digna para ele e para a sua família.
Um destaque de "A Elite"é o pai de America. Não tem como não se encantar pela forma amiga, carinhosa e compreensiva com a qual ele trata a filha. A sua mãe, que no primeiro livro pareceu completamente superficial, neste também se mostra mais flexível, carinhosa e preocupada - preocupações que vão além dela vencer ou não a seleção.
Com tantos acontecimentos, surpresas, guerra e indecisões, a história termina de forma calma, mas conferindo aos leitores uma certa "segurança" acerca de quem será o escolhido de América.
Agora só nos resta aguardar o volume final, que só será lançado em 2014. Já vi que tem muitas divergências entre as preferência por Maxon ou Aspen, mas como ambos foram mostrados com qualidades e defeitos, não consegui (pelo menos não ainda) definir o meu favorito.
Que venha "THE ONE"!
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E vocês, o que acharam? Já tem um preferido para America? Comentem e participem conosco!
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Um destaque de "A Elite"é o pai de America. Não tem como não se encantar pela forma amiga, carinhosa e compreensiva com a qual ele trata a filha. A sua mãe, que no primeiro livro pareceu completamente superficial, neste também se mostra mais flexível, carinhosa e preocupada - preocupações que vão além dela vencer ou não a seleção.
Com tantos acontecimentos, surpresas, guerra e indecisões, a história termina de forma calma, mas conferindo aos leitores uma certa "segurança" acerca de quem será o escolhido de América.
Agora só nos resta aguardar o volume final, que só será lançado em 2014. Já vi que tem muitas divergências entre as preferência por Maxon ou Aspen, mas como ambos foram mostrados com qualidades e defeitos, não consegui (pelo menos não ainda) definir o meu favorito.
Que venha "THE ONE"!
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