Quantcast
Channel: UNIVERSO DOS LEITORES
Viewing all 1645 articles
Browse latest View live

O triste fim de Philip Seymour Hoffman

$
0
0
O ator Philip Seymour Hoffman faleceu ontem, 02 de janeiro, aos 46 anos de idade. Segundo o jornal New York Post, a causa da morte foi overdose de drogas. Ele foi encontrado caído no chão do banheiro de seu apartamento em Manhattan, por volta das 14h30.

Hoffman interpretou Plutarch na saga “Jogos Vorazes” e a sua participação era extremamente relevante para o final da saga, que ainda terá duas partes. No entanto, ele marcou as telonas em memoráveis papéis, entre eles o seu papel no filme Capote, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator.

























A notícia do seu falecimento causou tristeza nos fãs e nos amigos. Como forma de expressar os sentimentos, alguns artistas deixaram mensagens no twitter. Confiram:

Aaron Paul, ator de Breaking Bad - "Perdemos um dos grandes hoje. Philip Seymour Hoffman, descanse em paz meu amigo. Você fará falta para sempre."

Logan Lerman, ator - "Descanse em paz Philip Seymour Hoffman. Um dos maiores e mais inspiradores atores de todos os tempos."

Jim Carrey, ator - “Querido Philip, uma alma linda, linda. Para os mais sensíveis entre nós o barulho pode se tornar insuportável. Abençoe seu coração. ;^{ ”

Ellie Goulding, cantora - "Philip Seymour Hoffman, um dos atores mais magníficos do mundo, morreu? Não posso acreditar."

Kevin Smith, diretor - “Isso é muito terrível. PHILIP SEYMOUR HOFFMAN morreu. A primeira vez que o notei foi em Perfume de Mulher. Um ator brilhante. Muito triste.”

Justin Timberlake, cantor - "Acabo de saber sobre o Phillip Seymour Hoffman. Devastador. Que ator incrivelmente talentoso. Que descanse em paz. ”

Steve Martin, ator - “Chocado de saber da morte de Phillip Seymour Hoffman. Se você o perdeu como Willy Loman, você perdeu um Willy Loman para sempre.”

Kevin McHale, ator de Glee - "Em choque, não posso acreditar. Philip Seymour Hoffman foi um dos melhores de todos os tempos."

Ricky Gervais, ator - “Que notícia triste e chocante. RIP Philip Seymour Hoffman. Um dos maiores atores de uma geração e um homem doce, engraçado e modesto.”

Busy Philipps, atriz de Cougar Town - “Ah, não. Estou muito mais do que triste com a morte de Philip Seymour Hoffman. Descanse em paz.”

Kat Dennings, atriz de 2 Broke Girls - “Que horrível. RIP Philip Seymour Hoffman.”

Jon Favreau, diretor – “RIP Philip Seymour Hoffman. Muito triste. Um grande talento.”

Octavia Spencer, atriz - “Que dia triste! R.I.P. ?#PhillipSeymourHoffman?”

Elijah Wood, ator - “De coração partido e chocado. Que verdadeira perda. Descanse em paz, Philip Seymour Hoffman.”

Rainn Wilson, ator de The Office - “R.I.P. Philip Seymour Hoffman. Um dos melhores e mais gentis atores que já viveu.”

Phillip Phillips, cantor - "Nossa. Descanse em paz Philip Seymour Hoffman. Ator incrível, deixará saudades."

Anna Kendrick, atriz - "Philip Seymour Hoffman. [Estou] insuportavelmente, chocantemente, profundamente triste. As palavras falham em descrever sua vida e nossa perda."

O site Cine Pop elaborou uma lista interessantes com os 10 melhores filmes que contaram com a participação do ator. Confiram:

Perfume de Mulher, 1992
Boogie Nights – Prazer Sem Limites, 1997
Felicidade, 1998
Com Amor, Liza, 2002
Capote, 2005 

Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto, 2007
A Família Savage, 2007

Dúvida, 2008
Os Piratas do Rock, 2009
O Mestre, 2012


















Deixamos aqui nossa homenagem a esse grande ator! 

Fontes: 1, 2 e 3.






Bons filmes inspirados em histórias em quadrinhos.

$
0
0
Olá leitores. 

Confiram uma lista bem pessoal de alguns bons filmes inspirados em histórias em quadrinhos.

Anti-herói americano
Assim como os quadrinhos, o filme também traz o mesmo teor autobiográfico, onde  o autor enfatiza seu cotidiano. O filme traz Paul Giamatti no papel de Pekar,arquivista, foi casado três vezes e, devido a uma série de frustrações pessoais, tornou-se uma pessoa pessimista. Fã de quadrinhos, decide usar a arte para dar vazão ao seu descontentamento com sua vida.

Sin City
Escrita por Frank Miller, a história tem a cidade fictícia de Basin City como cenário. Marv (Mickey Rourke), um lutador de rua  que levava uma vida alternatica. Após passar a noite com  Goldie (Jaime King), essa aparece morta em sua cama, fazendo com que  Marv decida percorrer a cidade em uma jornada pessoal, em busca de vingança.

Persepolis  
O filmes francês baseado noromancehomônimo de Marjane Satrapi. ARevolução Iraniana é o pano de fundo para a história de Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes). Marjane é uma  garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa que salvaria o mundo. A menina acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá ao início da nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.

Watchmen 
Após aprovação em 1977 da Lei Keene, que proibia as atividades de mascarados no combate ao crime, faz com que vários super-heróis deixassem a carreira, enquanto outros, como o Comediante (Jeffrey Dean Morgan) e o Dr. Manhattan (Billy Crudup), passaram a trabalhar para o governo. Em 1985 o mundo vive o clima da Guerra Fria, no qual um ataque nuclear pode acontecer a qualquer momento, vindo dos Estados Unidos ou da União Soviética. Neste clima de tensão política Edward Blake, o Comediante, é assassinado. Em seu funeral comparecem, em momentos diversos, seus antigos companheiros. Entre eles está Rorschach (Jackie Earle Haley), que acredita que sua morte seja o indício da existência de um assassino de mascarados, desencadeando que esse busque a verdade por trás de tudo.

                                         

The Spirit
Denny Colt (Gabriel Macht) é um ex-policial que, misteriosamente, retorna do mundo dos mortos. Sob o alter-ego de Spirit ele combate o crime, se aproveitando das sombras de Central City. 
O Corvo
Após ser brutalmente assassinado juntamente com sua noiva, Eric Draven volta do mundo dos mortos guiado por um corvo. Inicialmente sem lembranças do ocorrido, volta ao seu antigo loft onde recobra as memórias e a dor da morte. Eric pinta em seu rosto os traços de um palhaço feliz e distorcido e inicia uma caçada para vingar-se de seus assassinos.

A história foi criada por James O’Barr depois que perdeu sua namorada atropelada por um motorista bêbado. Atormentado pela tragédia, James alista-se no exército quando foi enviado para servir na Alemanha. Lá, O'Barr escreveu e desenhou as primeiras quarenta páginas de O Corvo, que para muitos ganhou uma dose considerável da melancolia sentida pelo autor consequência da tragédia envolvendo sua namorada.
                                       

O Procurado
Wesley Gibson (James McAvoy) tem 25 anos e detesta sua vida. Buscando achar um propósito, decide seguir os passos do entrando em uma irmandade de assassinos treinados, o que faz sentir-se bem. Porém a situação muda quando ele descobre os reais interesses dos novos parceiros.

Kick-Ass

Dave (Aaron Johnson) é um adolescente viciado em quadrinhos que resolve virar super herói, nascendo assim Kick-Ass. Impulsionado por um vídeo no Youtube no qual aparece levando uma surra, Dave encontra a fama repentina o que faz com que ele se envolva com um plano de vingança de Big Daddy (Nicolas Cage) e Hit Girl (Chloe Moretz) contra Mark D'Amico (Mark Strong), um mafioso da cidade, vivendo uma verdadeira e violenta aventura que mudaria para sempre a sua vida.
                                             


Old Boy
O filme segue a história de Oh Dae-su, que fica trancado num quarto de hotel por 15 anos sem saber o motivo do seu cárcere. Quando finalmente é libertado, Dae-su se vê preso numa rede de conspiração e violência. Paralela a sua busca por vingança, ele vive um intenso romance com uma chef de sushi.

 


 

J.K. Rowling revela arrependimento quanto ao destino de Harry Potter e Hermione

$
0
0

Sete anos após o fim da Saga Harry Potter, J.K. Rowling surpreendeu mais uma vez ao revelar um arrependimento no que diz respeito ao destino de Harry e Hermione.

Segundo Rowling, Hermione deveria ter ficado com Harry Potter e não com Ron Weasley. Harry casou-se com Ginny Weasley, irmã de seu melhor amigo Ron. 

Muitos fãs da saga torciam para que Harry e Hermione formassem um casal.

Em entrevista à Emma Watson, intérprete de intérprete de Hermione nos filmes, que na ocasião foi editora convidada da revista Wonderland. 

"Eu escrevi o casal Hermione/Ron como uma forma de desejo involuntário. Foi assim que concebi, por razões que têm pouco a ver com literatura e mais com uma insistência minha de seguir fiel à trama como eu havia imaginado no início, com Hermione junta de Ron", disse a autora.

"Eu sinto muito. Posso ouvir a fúria de alguns fãs, mas sendo honesta, o distanciamento [hoje] me deu uma perspectiva melhor. Aquela foi uma escolha que eu fiz por razões pessoais, não por questão de credibilidade. Estou partindo o coração das pessoas dizendo isso? Espero que não", segue a autora. Segundo Rowling, Hermione e Harry seriam um casal mais verossímil.

Emma Watson completa: "Eu acho que há fãs por aí que acreditam nisso também, e que ficam se perguntando se Ron realmente seria capaz de fazer Hermione feliz". De acordo com Rowling, Ron e Hermione acabariam precisando de muita terapia de casal no futuro.

Concordam com a autora? Opinem e participem!



Serial Killers - Anatomia do Mal, de Harold Schechter

$
0
0

Acredito que todas as pessoas se questionam ou já se questionaram sobre o que leva alguém a cometer um crime ou, ainda, vários crimes. Esse questionamento, muitas vezes sem resposta, não muda o fato de que os crimes acontecem, se repetem, chocam e fazer parte da nossa realidade. É sobre isso que o professor e escritor Harold Schechter falou no seu livro SERIAL KILLER – ANATOMIA DO MAL, que chegou recentemente ao Brasil em uma edição incrível da Darkside Books, 10 anos depois da sua publicação original.

O trabalho de Harold foi extremamente ousado, no entanto, o resultado foi satisfatório e atingiu a proposta da sinopse, que assim se apresenta: “dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história.”

Por mais que seja um tema perverso e difícil, a forma como foi feita a abordagem tornou a leitura ágil e prazerosa. Em momento algum tive a sensação de estar simplesmente lendo sobre a maldade humana em sua forma nua e crua. O que vi ao longo da leitura foi a possibilidade de compreender a mente das pessoas que agem sem pudor, sem escrúpulos e causam o mal, causam a dor, chocam, contrariam os conceitos morais e éticos da vida em sociedade. Seriam elas más ou doentes com distúrbios mentais? Teriam elas capacidade de escolha ou os atos seriam simplesmente incontroláveis? 


Muito mais que históricos sobre criminosos e apresentação dos casos que mais chocaram o mundo nas últimas décadas, o livro apresentou estudos técnicos sobre os assassinos: funcionamento da mente, índice de criminalidade entre adultos, crianças e idosos, freqüência de crimes, relação dos seriais killers com o sexo, diferença entre seriais killers homens e mulheres etc.

Divido em nove capítulos, os assuntos foram abordados com profundidade, mas sem se tornarem maçantes ou repetitivos. Pelo contrário: um tópico complementou o outro e as informações foram se somando de forma que ao final da leitura foi possível fazer uma diferenciação clara entre o crime cometido por mero vandalismo e o crime cometido em razão de um distúrbio psicológico.


Um capítulo que se destacou entre os demais foi o que abordou a questão da sexualidade para os seriais killers. É comum em filmes e em seriados a apresentação dos mesmos como sádicos ou perversos. No capítulo, foi realizada uma abordagem científica sobre o assunto, bem como a análise das diversas formas pelas quais a sexualidade pode se manifestar nesses seres que são, aparentemente, incapazes de desenvolver sentimentos. Entre os assuntos abordados temos o canibalismo, o fetichismo, a pedofilia e a gerontofilia. Como de costume, o capítulo também apresentou análises de casos reais.




Outro capítulo que merece ser mencionado é o "Galeria do Mal: Dez Monstros Americanos". Nele foram apresentados os 10 piores seriais killers conforme o período. A história de cada um deles é assustadora, mas ao mesmo tempo incrível.



Por fim, não posso deixar de comentar o último capítulo do livro. Nele foram abordas as influências dos seriais na cultura pop e as referências relevantes na arte, na literatura, na música e em diversos gêneros culturais, comprovando o fascínio que esses ícones do crime causam na sociedade.

A EDIÇÃO:

É imprescindível mencionar a edição da Darkisde Books, que ficou simplesmente surpreendente. O livro, impresso e capa dura, vem com destaque nas passagens principais, ilustrações incríveis e inexplicáveis. Sem dúvida, um trabalho impecável que vale a pena adquirir.

Livro permite que leitor sinta as emoções fisicamente

$
0
0








Os pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, desenvolveram um projeto chamado "Ficção Sensorial" e conseguiram criar o protótipo de um livro que vai permitir que o leitor perceba, fisicamente, as sensações e emoções da histórias. 

Para que as reações sejam possíveis é necessário que o leitor vista um colete com vários comandos por controle e inicie a leitura do livro. A capa do colete possui diversos mecanismos que vão sendo acionados conforme a leitura vai se desenvolvendo, com isso, ele trabalha em conjunto com o leitor e consegue captar suas vibrações. 

O livro que foi utilizado como o primeiro protótipo foi ‘The Girl Was Plugged In’, obra de ficção científica da autora Alice Sheldon (sob o pseudônimo de James Tiptree Jr.), que foi publicado pela primeira vez em 1973.

Na medida em que as páginas vão sendo viradas, o livro se programa para começar a transmitir as sensações daquela parte da história. Por exemplo: se o protagonista está assustado, o colete faz uma leve pressão no leitor, de forma que ele sinta um ‘aperto no peito’. Ou, se o personagem estiver triste, as luzes do livro se ajustam para refletir tal emoção.
Assista o vídeo sobre essa super novidade tecnológica neste link aqui.
E então, o que acharam dessa inovação? Simplesmente incrível, não é mesmo? 

Deixe a neve cair, de Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle

$
0
0


Esse livro encantador reúne três contos de autores diferentes com uma mesma temática: o Natal em uma pequena cidade que está sendo tomada pela maior nevasca dos últimos tempos. O mais interessante é que os contos interligam-se de maneira surpreendente, embora sejam histórias independentes, com protagonistas diferentes.

O primeiro conto, “O Expresso Jubileu”, é de Maureen Johnson e conta a história de Jubileu, uma adolescente de 16 anos que está prestes a passar o segundo Natal na casa de Noah, seu namorado “perfeito”. Além da tradicional festa da família de Noah, os dois irão comemorar seu aniversário de namoro. Porém, os pais da garota envolvem-se em uma confusão em uma loja e acabam sendo presos, o que obriga Jubileu a tomar um trem rumo à casa de sua avó, que acaba ficando preso na neve próximo a uma cidadezinha chamada Gracetown. Jubileu decide descer até uma Waffle House para se aquecer e livrar-se do inconveniente grupo de líderes de torcida que enchia o veículo e acaba conhecendo Stuart, que a convida para passar o Natal em sua casa.

A escrita de Maureen é leve e divertida, fluida e adorável. É o mais romântico dos três contos, completamente fofo!

“Eu sei que ninguém é perfeito, que por trás de toda fachada de perfeição há uma confusão distorcida de subterfúgios e arrependimentos secretos... mas, mesmo considerando isso, Noah é basicamente perfeito. Nunca ouvi ninguém falar mal dele. A reputação de Noah é tão inquestionável quanto a gravidade. Ao me transformar em namorada, ele demonstrou que acreditava em mim, e eu embarquei nessa convicção. Passei a andar mais reta. Senti-me mais confiante, mais positiva, consistente, mais importante. Ele gostava de ser visto comigo; por conseguinte, eu gostava de ser vista comigo, se é que isso faz algum sentido.” 

“Você só pode ficar durante certo tempo em um banheiro sem levantar suspeitas. 
Depois de meia hora, as pessoas começam a encarar a porta, imaginando como você está. 
Fiquei lá dentro por pelo menos isso, sentada no boxe com a porta fechada, soluçando em uma toalha de mão em que estava escrito DEIXE A NEVE CAIR! É, deixe a neve cair. 
Deixe nevar e nevar e me enterre. Muito engraçado, Vida.”
O segundo conto, “O milagre da torcida de Natal”, é de John Green, provavelmente o que motivou muitos fãs a conhecerem o livro. Nele, John conta sobre Tobin, um garoto que está pretendendo passar o Natal com seus amigos JP e Duke (que é uma menina, apesar do apelido), pois seus pais estão em outra cidade sem conseguirem um vôo de volta pra casa por causa da nevasca. Keun, amigo dos três, trabalha em uma Waffle House da cidade e telefona chamando-os para uma “festinha”, já que um grupo de líderes de torcida invadiu o estabelecimento depois de seu trem ter ficado preso na neve. Os garotos ficam eufóricos com a ideia e acabam convencendo Duke a acompanhá-los e os três embarcam numa super aventura, já que o caminho coberto de neve apresenta mais dificuldades do que eles imaginaram.

A linguagem de Green, já conhecida de seu público, é repleta de ironias e passagens totalmente engraçadas. A personalidade de cada personagem é bem construída e cativa o leitor, algo que também é típico do autor. Embora também tenha um tom de romantismo, é o mais divertido dos três contos, arranca boas risadas!

“Eu estava pronto para voltar para casa, voltar para os filmes de James Bond, ficar acordado até de madrugada, comer pipoca, dormir algumas horas, passar o Natal com Duke e os pais. 
Vivi sem a companhia de líderes de torcida da Pensilvânia por dezessete anos e meio. 
Podia ficar mais um dia sem elas. JP continuava falando. – O tempo todo eu estava só pensando Cara, vou morrer numa roupa de esqui azul bebê. Minha mãe vai ter que identificar meu corpo e vai passar o resto da vida pensando que, nos momentos íntimos, o filho gostava de se vestir como uma estrela pornô dos anos 1970 com hipotermia.” 

“Pensei naqueles waffles cobertos com fatias de queijo para sanduíche, em como eles tinham um gosto saboroso e doce e tão profundo e complexo que não pode nem ser comparado com outros gostos, somente com emoticons. Waffles cobertos de queijo, eu estava pensando, têm gosto de amor sem o medo da dissolução do amor.” 
O terceiro e último conto, “O Santo padroeiro dos porcos”, é de Lauren Myracle e narra a história de Addie, que está em crise, pois cometeu um deslize e acabou arruinando seu namoro com Jeb, quem ainda ama. A garota manda um e-mail para o ex marcando um encontro no Starbucks onde ela trabalha, mas ele não aparece. Addie tem duas amigas que estão o tempo todo tentando alertá-la sobre seu egoísmo e a forma como ela dramatiza a vida e os fatos que acontecem, geralmente por sua culpa. Quando outras pessoas também começam a apontar que Addie precisa mudar, ela abre os olhos para si e passa por uma verdadeira transformação. 

Nessa narrativa, encontramos vários dos personagens que foram citados nas anteriores e todos estão de alguma forma envolvidos em uma mesma confusão. A habilidade de Lauren de fazer essa junção das três histórias é incrível! Este é o conto mais dramático, o que às vezes o torna até irritante, mas sua mensagem gera reflexão e emociona.

“Mas, em vez de choramingar pateticamente, eu precisava lidar com aquilo. A velha eu teria ficado ali, sentindo pena de si mesma até ter uma ulceração pela neve e os dedos dos pés caírem, e boa sorte para encontrar sandálias de tirinha para a véspera do ano-novo depois disso, gracinha. Não que eu tivesse algum lugar para ir com sandálias de tirinha. Mas e daí?! 
A nova eu, no entanto, não era uma chorona.” 

“ – Pare com essa coisa de anjo – falei. – Não estou brincando. Se o universo me deu você como anjo, mereço um reembolso. Mayzie deu um risinho. Um risinho, e eu queria esganá-la. 
– Adeline, você torna as coisas muito mais difíceis para si mesma do que precisa – falou ela. 
– Garota bobinha, não é o que o universo nos dá que importa. É o que nós damos para o universo. Abri a boca para dizer o quanto aquilo era estúpido e sentimentaloide e alucinógeno, mas não disse, pois algo mudou dentro de mim. Mudou mesmo, como uma avalanche, e não pude mais resistir. 
A sensação dentro de mim era tão grande, e eu era tão pequena...” 
A leitura de Deixe a neve cair é bem rápida e, embora o Natal já tenha passado, vale super à pena, pela magia em torno do tema e a competência do trio de autores.



























Texto da Semana com Manoel de Barros

$
0
0
O texto de hoje é um trecho do livro "Gramática expositiva do chão: poesia quase toda", de Manoel de Barros. A passagem é muito sensível, merece destaque e atenção: 
“Para entender nós temos dois caminhos:
[o da sensibilidade que é o entendimento
do corpo;
e o da inteligência que é o entendimento
do espírito.
Eu escrevo com o corpo.
Poesia não é para compreender,
[mas para incorporar.
Entender é parede; procure ser árvore.”



(Manoel de Barros, do livro "Gramática expositiva do chão: poesia 
quase toda". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990, p. 212.)





                                                       

“Ódio, amizade, namoro, amor, casamento”, de Alice Munro

$
0
0

Alice Munro é canadense, nasceu em 1931 e é reconhecida no cenário literário pela sua habilidade em escrever contos. Atualmente conta com 14 livros publicados e no ano de 2013 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Sempre que um escritor recebe uma premiação, ainda mais uma tão importante, ele consegue destaque e torna alvo das atenções dos leitores. Isso não foi diferente comigo. Eu não conhecia Alice Munro, mas assim que recebi a notícia de que ela havia sido premiada procurei ler alguma das suas obras. 

Lançado pelo selo Biblioteca Azul, da Globo Livros, o livro “Ódio, amizade, namoro, amor, casamento” reúne nove contos e em todos eles existe um ponto em comum: as protagonistas são mulheres e estão passando por uma fase de mudança, de descoberta, de amadurecimento e de auto-conhecimento. Também é preciso mencionar que muito mais que as vontades das personagens, a força do destino está sempre presente tornando tudo incontrolável e imprevisível. 

Com narrativas em primeira ou em terceira pessoa, as histórias contadas relatam o cotidiano, o comum. Munro fala da vida com seus tédios, sua rotina e as suas insatisfações. Imagino que vocês estão se perguntando o seguinte: “Se é tudo tão comum, por qual motivo ela foi premiada?”

A resposta para a pergunta acima é a seguinte: ela se utiliza do simples e do comum para criar histórias sensíveis e completas que retratam a realidade de várias pessoas – dores, angústias, medos e desejos. Em meio a acontecimentos diários, ela descreve os personagens nos mínimos detalhes e apresenta cenários completos, o que torna suas narrativas ricas e envolventes. 

Encontrei beleza em todos os textos e me surpreendi com a sua abordagem singela e ao mesmo tempo intensa. A leitura do seu livro demanda atenção, uma vez que a grandeza e a profundidade estão escondidas nos mínimos detalhes e nas pequenas descrições. 

Entre os nove contos, dois chamaram a minha atenção de forma particular. O primeiro, Ponte Flutuante, narra a trajetória de Jinny, que por um momento pensa em largar o marido, mas não leva a decisão adiante. Acontece que ela inicia um tratamento de quimioterapia e o seu marido contrata uma jovem garota para ajudá-los. Insatisfeita com a sua falta de palavra e de poder de decisão, ela segue a vida sem muitas expectativas até o momento em que conhece um rapaz em uma noite diferente e com uma lua brilhando no céu. A experiência intensa lhe permite ver a vida sob um novo ângulo e, neste momento, a narrativa se encerra deixando a sensação de que o rumo da vida de Jinny iria mudar, mas sem esclarecer o seu destino e as suas escolhas. 
O segundo, Mobília de Família, conta a vida de Alfrida, uma mulher moderna para os padrões da época e do país, mas que esconde grandes segredos por traz dos lindos vestidos e da pose de independente. A sobrinha, que lhe admira de forma ímpar, opta por se afastar quando consegue vê-la de forma mais íntima. Neste conto, Munro mostra a complexidade das relações familiares e a dificuldade que as pessoas possuem de aceitar o outro com as suas fraquezas e os seus mistérios. 

Um destaque:

O último conto, intitulado O urso atravessou a montanha, descreve a vida de um casal que se une por razões diversas (ela achava que seria divertido, ele, por sua vez, considerava que ela tinha o brilho da vida e que seria impossível ficar longe), mas que enfrenta a trajetória com muita união e com muita sabedoria. Quando Fiona, a esposa, descobre que está com perda de memória, resolve se internar em uma clínica. A partir dessa decisão, o marido começa a refletir sobra a forma de conduzir a sua vida e ela, por sua vez, completamente alheia à sua existência, passa a estabelecer novos vínculos. A história demonstra que a vida não pára, que todas as escolhas tem conseqüências e que o destino é uma coisa que não se controla. 

A grandeza da narrativa chamou a atenção da diretora canadense Sarah Polley, que fez uma adaptação brilhante do texto para o cinema e intitulou de “Away from her”. Vale a pena conferir!
Para terminar eu digo: Munro é uma exímia contadora de histórias!





O contexto histórico do Holocausto no filme "A Menina que Roubava Livros"

$
0
0

A Menina Que Roubava Livros, best-seller do escritor Markus Zusak foi adaptado para o cinema e a estreia aconteceu na sexta-feira, 31 de janeiro. O filme, que teve como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial e o evento do Holocausto, apresentou inúmeras questões históricas que merecem ser destacadas: 

- A personagem principal, Liesel, roubou um livro que escapou de uma fogueira feita pelos nazistas. O interessante dessa passagem é que a as queimadas de obras literárias aconteciam com freqüência em razão da intenção de limitar as expressões artísticas de judeus e poloneses, que não eram consideradas alta intelectualidade pelos superiores nazistas. Inclusive, essa intenção ficou clara no discurso do Prefeito, que argumentou no sentido de que as crianças alemãs deviam se distanciar desse tipo de literatura se quisessem ser inteligentes. 

- Em um segundo momento, Liesel assistiu a uma passeata de judeus pela cidade. A cena foi condizente com um evento comum nas cidades da Alemanha e que era conhecido como desfile. Nestas ocasiões, as vítimas do holocausto eram maltratadas e obrigadas a caminhas por longas distâncias em água ou alimentos. Para intensificar a gravidade desse contexto, em uma dessas passagens, o filme mostrou Liesel sendo empurrada e machucada por um dos oficiais nazistas no momento em que ela se misturou com os judeus. 

- Rudy, o grande e fiel amigo de Liesel, é membro de um grupo chamado Juventude Hitlerista, que foi criado com o intuito de disseminar o pensamento nazista entre os jovens alemães. Os jovens participavam de corridas que colocavam à prova a força física e com isso, identificavam os possíveis garotos que fariam parte do exército alemão. 

- A punição e a perseguição aos alemães que não integravam o Partido Nazista também eram coisas comuns no período do Holocausto e foram representadas no filme. Han, o pai adotivo de Liesel, que se recusava a participar do partido, foi chamado para a guerra no momento em que se confrontou com um policial. Essa postura servia para demonstrar a intolerância perante aqueles que não concordavam com os ideais de Hitler. 

- Outra questão retratada no filme com muita propriedade foi referente ao preconceito e aos maus tratos com os judeus. Em diversos momento da história foi possível perceber a agressividade da postura dos alemães, que tinham por hábito destruir até mesmo os estabelecimentos administrados pelos judeus. 

Seja pela beleza da história ou pela importância histórica, vale a pena conferir!




















O Lobo de Wall Street: Excessos, Sexo, Drogas e Ambição

$
0
0

Baseado na biografia de Jordan Belfort e dirigido por Martin Scorsese, a adaptação O Lobo de Wall Street chegou recentemente aos cinemas brasileiros trazendo para as telas muito sexo, drogas, polêmica e um estilo de vida pouco convencional.     
                                                                                                                     
Somos apresentados à Jordan Belfort, um corretor de títulos ambicioso que almeja conquistar sua fortuna através da venda de ações. Inescrupuloso, Jordan não mede esforços para conquistar seu objetivo de se tornar o homem mais rico que puder.

Logo de cara o corretor mobiliário nos mostra seu "arsenal" de drogas, deixando claro qual é seu entorpecente favorito: o dinheiro. Jordan não se intimida por qualquer valor moral e exibe com orgulho sua maior conquista; uma imensa fortuna adquirida sem remorso às custas de operações ilegais e inescrupulosas. Esta demonstração faz parte do exibicionismo de Jordan, ostentado durante todo o filme.

Em um flash-back orgulhoso, retornamos ao seu passado, quando Jordan ingressou no mercado mobiliário com um ar sonhador e quase inocente. Neste momento DiCaprio (mais uma vez) dá mostras de sua versatilidade como ator, dando vida ao  personagem que passou de um jovem cordeiro ao lobo de Wall Street.

Como se percebesse que o dinheiro não é um fim em si mesmo, Jordan Belfort começa a atribuir valor às coisas e à sua conquista da forma mais exuberante quanto possível. Em uma das cenas mais alegóricas do filme, o corretor proclama um discurso motivacional, seguido por um desfile de bizarrices que conta com a raspagem do cabelo de uma funcionária, uma banda com músicos seminus e strippers, em uma cena que mais parecia um descontrolado bacanal renascentista.

A fórmula utilizada por Jordan funciona, já que seus métodos pouco ortodoxos de trabalho logo chamam a atenção, atraindo olhares e novos corretores dispostos a ter tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.

Não somos poupados em nenhum momento dos exageros de Jordan, que não demonstra o menor pudor em seu estilo de vida. O corretor emergente atribui seu sucesso à sua fortuna, e leva uma vida regada à muitas drogas, sexo, orgias, mulheres e muito luxo. 

Vale destacar que o filme é narrado sob a ótica de Jordan Belfort que evita o quanto pode a racionalização de suas ações. Isto explica a realidade distorcida do filme, a ausência de valores, e a perspectiva surrealista de Belfort. A visão alucinada do protagonista provocada pela sua irracionalidade e pelo uso excessivo de drogas, crias cenas onde fantasia e realidade se misturam, como na cena em que ele não percebe que bateu seu carro. Em alguns momentos me perguntei o que era alucinação ou realidade.

O brilhantismo do filme também se baseia nos elementos de composição, como trilha sonora e fotografia. Ao longo do filme, cores vivas compõe o cenário do estilo de vida exagerado de Belfort. No entanto, após a decadência de Jordan cores sóbrias e frias parecem trazer o corretor de volta à realidade. 

Mas o ponto alto do filme na minha opinião é a atuação de Leonardo di Caprio, que apresenta três fases diferentes para seu protagonista. O jovem sonhador, o lobo de wall street, e a fase mais dramática do personagem.

No meu ponto de vista, não enxerguei o filme como uma apologia ao materialismo ou ao consumo de drogas, mas sim um relato de uma vida luxuosa, abundante desregrada e permeada por excessos, que levou a severas e inevitáveis consequências.

Portanto não espere uma biografia heróica, ética ou com algum tipo de lição de moral. "O Lobo de Wall Street" é uma adaptação corajosa, polêmica, dramática, despudorada e muito irreverente, que consagra a repetição da parceria DiCaprio/ Scorsese e que vale à pena ser vista. 

Trailer do Filme




A menina que colecionava borboletas, de Bruna Vieira

$
0
0

A menina que colecionava borboletasé o terceiro livro da blogueira Bruna Vieira. Com 20 anos de idade, ela tem o blog como profissão e uma vida repleta de compromissos típicos de pessoas adultas. Aos 17 anos saiu de sua casa no interior de Minas Gerais e foi viver sozinha em São Paulo. Em meio às mudanças e aos conflitos pessoais, ela se utiliza da escrita para externalizar os seus inúmeros e muitas vezes confusos sentimentos. Não li os seus livros anteriores, então não tenho parâmetros de comparação, mas gostei muito do que encontrei nesta coletânea de crônicas que recebeu um título encantador. 

"Estar no comando da própria vida é uma das melhores sensações que o ser humano consegue experimentar. A melhor, até onde sei, ainda é o amor. Viver as duas coisas ao mesmo tempo não é tão simples quanto parece, como descrevem nos filmes e livros."
Com textos bem escritos e uma linguagem simples, mas bem construída, Bruna fala sobre os sentimentos, os medos, as confusões do cotidiano, as responsabilidades, as descobertas e o amadurecimento. Os relatos de suas experiências e das conclusões que tirou de cada uma delas conduzem a reflexões sobre as nossas escolhas e também permitem momentos de nostalgia - lembrar o fim do ensino médio, o primeiro amor, a primeira dor de amor etc. 

Além de narrar as suas experiências pessoais, Bruna discorre sobre os sonhos, a felicidade, as escolhas do dia-a-dia e demonstra, em cada texto, que o rumo da nossa vida só depende de nós, afinal, diante da maior tristeza ou da maior felicidade, o nosso olhar sobre o mundo é o único que vai guiar o nosso sentimento. 

"Vai, menina, escreve. Encontra as palavras certas nesse precipício de emoções.
 Não pule agora. Segure firme. As lembranças são a ponte que vai te levar para o outro lado."
Um ponto central do livro é a questão da auto-aceitação: viver conforme a sua vontade e os seus ideais, aceitar o seu corpo e as suas diferenças, se aceitar com os seus defeitos e qualidades. Ao que parece, essa mudança de perspectiva representou um marco para a blogueira, que se sente mais livre e mais feliz agora que se aceita como é. As análises que ela faz sobre isso são essenciais para os jovens, que vivem sempre pressionados com as cobranças sociais e com os padrões de comportamento exigidos para a inclusão em um grupo específico de pessoas. 
As abordagens leves e agradáveis permitem uma leitura rápida do livro, mas mesmo assim o ideal é colocar o exemplar na cabeceira da cama e ler aos poucos, pensando sobre as experiências que condizem com as suas e aproveitando o encanto de cada crônica. 

"Última parada: estação futuro". 

Por fim, é preciso mencionar que o livro não tem o caráter de auto-ajuda e que a Bruna em momento algum teve a pretensão de sugerir um padrão de comportamento ou a intenção de orientar a vida de outros jovens. O que senti na sua escrita foi uma vontade de expressar sentimentos sem medos, pudores ou vergonhas. 

Ah, um detalhe especial: a Bruna colocou uma lista de músicas que podem ser ouvidas enquanto lemos o livro, o que deu um charme especial a tudo... 
A Edição:

A Editora Gutenberg caprichou (e muito) na edição do livro. Com várias ilustrações, em colorido e em preto e branco, o visual ficou simplesmente incrível, poético e jovem, caracterizando bem a narrativa de Bruna e o público alvo do livro. 





Único romance de Chaplin será publicado pela primeira vez

$
0
0
Olá leitores!

Hoje daremos início a um especial sobre o maior ícone do cinema de todos os tempos: Charles Chaplin. Marcando o aniversário de 100 anos da estreia do ator e diretor no cinema, postaremos curiosidades, dados biográficos, filmes e artigos em nosso site.



O primeiro e único romance de Charles Chaplin denominado Footlights e que inspirou o famoso filme Luzes da Ribalta será publicado mais de seis décadas depois que o ator e diretor de cinema o escreveu, no ano de 1948.  De acordo com o site do jornal The New York Times, o livro foi restaurado pelo biógrafo de Chaplin, David Robinson, que utilizou arquivos pessoais do cineasta com a permissão de sua família.


Um romance se passa em Londres e é centrado no palhaço decadente Calvero, mesmo protagonista deLuzes da Ribalta, que ajuda uma dançarina a recuperar sua carreira. Segundo um porta-voz do instituto, no entanto, a obra é mais triste e sombria do que o longa-metragem.


O livro será comercializado pela loja virtual Amazon e pelo site da Cineteca. O livro ainda inclui ainda fotos e documentos do arquivo pessoal do diretor.





Artistas recriam clássicos da literatura

$
0
0
O artista Terry Border deu vida nova a livros antigos em sua última produção intitulada ”Wiry Limbs, Paper Backs” (Membros de Arame, Corpo de Papel). Border, que tem uma paixão especial por dar vida a objetos inanimados, combinou técnicas artesanais para retorcer o arame à criatividade e ao senso de humor. Assim, transformou os livros numa divertida síntese deles mesmos e de seus protagonistas, dando novo uso para velhos companheiros.
















Confira o antes e o agora dos atores de Friends

$
0
0

Olá Leitores. 
O tempo passa para todos, e isso não é nenhuma novidade. Mas para alguns passa de uma forma bem menos cruel como é o caso da ainda linda Courtney Cox. Confira como foram e como são agora os atores de Friends.

David Schwimmer - Ross


Matthew perry  - Chandller


Courtney Cox - Monica

Jennifer Aniston - Rachel



Matt leblanc  -  Joe

Lisa Kudrow - Phoebe


Brilho, de Amy Kathleen Ryan

$
0
0

“Às vezes, em nossas vidas, temos de enfrentar uma grande perda, cujo vazio se eleva e não nos deixa escolhas além de suportá-la. O que mais podemos fazer? Olhar para fora dos nossos portais vazios, para a imensidão do Universo, para os pontinhos das estrelas que parecem eternas, e nos sentirmos tão pequenos, tão sozinhos. Insignificantes. 
Como poderíamos fazer algo tão importante em tão imenso cosmo?”

A Terra tornou-se inabitável e duas naves estão no espaço, seguindo com destino à Terra Nova, onde pretendem dar continuidade à existência humana.

Waverly e Kieran são dois adolescentes de 15 e 16 anos que estão a bordo da nave Empyrean, planejando seu casamento para breve. Waverly começa a sentir-se pressionada pela sociedade para que tenha filhos, pois a “missão” dos jovens é procriar até que cheguem ao novo local que irão habitar. Kieran é um rapaz que destaca-se entre os outros e é o mais provável sucessor do capitão da Empyrean.

Na New Horizon, a outra nave, os habitantes estão enfrentando um problema de fertilidade. As mulheres estão envelhecendo sem filhos e, desesperados por jovens férteis, aqueles que deveriam ser aliados do povo da Empyrean tornam-se seus rivais. Em um ataque inesperado, os moradores da Empyrean vêem diante de seus olhos todas as meninas serem seqüestradas e alguns adultos sendo cruelmente mortos.
Kieran vê-se na obrigação de liderar os que restaram na Empyrean e tentar reorganizar o que foi destruído, mas Seth, outro jovem forte e inteligente, decide disputar com ele a liderança da nave. Um detalhe que torna a disputa mais instigante é o fato de Seth nutrir sentimentos por Waverly, que o considera atraente e interessante, embora ame o namorado.

Na New Horizon, Waverly esforça-se para bolar um plano para conseguir levar as garotas de volta à sua nave de origem e, com sua forte personalidade, faz importantes descobertas sobre os líderes de ambas as naves.

A narrativa do primeiro livro da trilogia “Em busca de um novo mundo” é marcada por muita ação e adrenalina do começo ao fim. À medida que os fatos vão se desenrolando, nossa opinião sobre os personagens muda diversas vezes. Não sabemos em quem confiar nem para que lado torcer. A ansiedade por saber os rumos que a história irá levar faz com que seja difícil desgrudar do livro antes de encerrar a leitura. Temas polêmicos como religião e política são abordados de forma inteligente e encantadora.
Confesso que essa foi minha primeira experiência com um livro do gênero. Não sabia o que iria encontrar ao ler Brilho, mas surpreendi-me positivamente e encantei-me pela forma de escrita de Amy Kathleen Ryan! Considero Brilho o melhor livro que li esse ano e espero ansiosa o lançamento da sequência no Brasil. Impossível não destacar a beleza da capa, toda brilhante, salpicada de glitter em relevo, fazendo alusão ao nome da obra e mostrando o cuidado impecável da editora!

“A humanidade não haverá de regredir às trevas. A jornada é longa, a missão é difícil, alguns dizem que é até impossível, mas haveremos de prevalecer. 
Chegará um tempo em que as crianças se reunirão em torno do fogo e olharão para estrelas desconhecidas por nós. 
Elas haverão de pensar nos sacrifícios que fizemos. 
E nossos nomes estarão nas letras das canções que elas entoarão.”









Os livros indicados por Renato Russo

$
0
0

Renato Russo dispensa apresentações. Cantor, compositor e fundador da banda Legião Urbana, ele conquistou milhares de fãs com as músicas que ao mesmo tempo em que abordavam questões polêmicas, continham uma poesia inigualável. Mesmo hoje, anos após a sua morte, ele inspira inúmeros jovens e as suas músicas são freqüentemente tocadas em rádios e baladas de todo o país. 

Além de exímio músico, ele foi um grande leitor. Em uma lista deixada para os fãs e divulgada posteriormente na internet, ele informou quais os livros que mais o inspiravam. Confiram as indicações e aproveitem:

Os livros da lista:

Zen e a Arte de Manutenção de Motocicletas, de Robert Pirsig

A Montanha Mágica, de Thomas Mann

Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

Histórias de Fadas, de Oscar Wilde

A Revolução dos Bichos, de George Orwell

Capitães de Areia, de Jorge Amado

Encontro Marcado, de Fernando Sabino

O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger

Discurso da Servidão Voluntária, de Etienne de la Boétie

O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien

Siddharta, de Herman Hesse

Demian, de Herman Hesse

Narciso e Goldmund, de Herman Hesse

O Lobo da Estepe, de Herman Hesse

Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe

Fundação, de Isaac Asimov

1984, de George Orwell

Outros autores:

Júlio Verne

Fernando Pessoa

Carlos Drummond de Andrade

Colin Wilson

Outros livros:

O Vampiro Lestat, de Anne Rice

Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva



O Segredo de Ella & Micha , de Jessica Sorensen

$
0
0


Confesso que sou leitora assídua de romances juvenis e que estava um pouco cansada das personagens femininas principais. Não raramente elas são inseguras, não se acham bonitas (mesmo que a descrição nos mostre o contrário), muitas das vezes são escritoras e ou trabalham numa editora, revista ou jornal, são frágeis, desengonçadas e mesmo assim conquistam o coração do mocinho. 

Em O segredo de Ella e Micha, temos uma heroína diferente. Ella é uma mulher marcada por um infância difícil, pelo alcoolismo do pai, a doença da mãe e a marginalidade de um bairro no qual cresceu e de onde resolveu fugir em determinado momento da sua vida. Seus temores nada tem a ver com sua aparência, ela é uma mulher bonita e sabe bem disso, nem com uma fragilidade feminina. As feridas e marcas que o tempo e vida fizeram na personagem são profundas e ligadas a questões sociais e traumas familiares. Ella tenta a todo custo fugir do seu passado e anular seus desejos obscuros, nos quais se incluem o perigo e sua paixão por Micha. 
Micha e Ella eram vizinhos e cresceram juntos. Ambos dividiram segredos e dores que compartilharam ao longo da vida e ambos sentiam uma paixão muito forte um pelo outro. O sentimento de desejo veio com a chegada da juventude e isso faz com que o livro tenha passagens levemente eróticas e muito bem descritas. Acrescenta-se, ainda, a paixão dos personagens por rock, adrenalina e perigo. Trata-se de dois jovens com qualidades e defeitos, que acertaram e erraram, assim como qualquer pessoa na vida real. Por isso, o romance se torna verossímil. 

A história é narrada hora na voz de Ella, hora na voz de Micha, fazendo com que os fatos sejam descritos pelo olhar de ambos. O segredo vai sendo revelado de forma natural a medida que os personagens vão se revelando, fazendo com que a gente se envolva com os fatos e grude no livro. 

O livro me surpreendeu positivamente por conter uma história mais densa, com dramas da vida real e personagens palpáveis. Vale demais a leitura!








As aquarelas originais de ‘O Pequeno Príncipe’

$
0
0
O Pequeno Príncipe, um dos grandes clássicos da literatura infanto-juvenil, até hoje conquista leitores de todas as idades, aparecendo quase sempre na lista de mais vendidos. Em uma matéria do site Buzz descobri os lindos originais do livro e um pouco mais sobre a sua história. Confiram as informações e as fotos das aquarelas originais:
O único livro infantil de Antoine de Saint-Exupéry acabou virando uma das obras mais amadas de todos os tempos. O que poucos sabem é que o escritor deu vida à história não em Paris, mas em Nova York, onde chegou em 1940, após a invasão nazista na França.

Em abril de 1943, logo após o livro ser publicado, Saint-Exupéry enfiou os manuscritos e desenhos de O Pequeno Príncipe em um saco de papel marrom e os entregou a sua amiga Silvia Hamilton. “Eu gostaria de lhe dar algo esplêndido”, disse a ela, “mas isso é tudo o que tenho”. Ele tinha 44 anos quando morreu durante uma missão militar.

O Pequeno Príncipe não foi publicado na França, terra natal do autor, até dois anos após a sua morte. Mesmo nos Estados Unidos, o sucesso inicialmente foi apenas moderado. Em 1968, The Morgan Library, em Nova York, adquiriu os manuscritos. Agora, uma nova exposição explora o processo criativo de Saint-Exupéry por meio dos escritos que excluiu da versão final — o original tem quase o dobro do tamanho livro publicado.



"o imbecil antissocial", de Marcelo Rubens Paiva

$
0
0

Foi um acidente

Eu não queria prejudicar ninguém

Eu sou do bem

Me deram o sinalizador, ele disparou

Não queria fritar o cérebro de um garoto de 15 anos

Me deram o revólver, ele disparou

Eu não queria matar

Me deram o carro para dirigir, estavam todos mais bêbados do que eu, ele capotou

Eu não queria matar aquele garoto que caminhava na calçada

Me deram o rojão, ele disparou

O jornalista estava no meio do caminho

Sou inocente

Foi um acidente

Fui manipulado por aliciadores profissionais

Infelizmente disparou, foi sem querer

Fui municiado

Me aliciaram

Eu não tenho consciência, dever moral

Eu não sou um cidadão, sou um corpo vazio que não pensa, não reflete, não sabe o que é certo ou errado, não sabe que com um rojão, carro, revólver ou sinalizador posso matar

Não sei nada

Sou inocente

Foi acidente

Perdão à família da vítima

Sou vítima

Sou o imbecil antissocial

Sou oco

Vocês me criaram

(Marcelo Rubens Paiva)


O Homem Visível, de Chuck Klosterman

$
0
0
Sobre o livro:

Quando a psicóloga Vicky recebeu a ligação de um paciente que resolveu chamar de Y__, ela não tinha como prever as conseqüências que o relacionamento com ele trariam para a sua vida. Estranho, dominador, extremamente inteligente e com um raciocínio rápido, ele exigiu ser atendido por telefone e se recusou a passar informações complementares sobre a sua vida. Após um tempo, ele apareceu para a psicóloga e a partir daquele momento, ela nunca mais foi a mesma. 
Y__ era cientista e havia desenvolvido uma roupa capaz de torná-lo invisível aos olhos das pessoas. Com isso, ele invadia lares e sem se preocupar com questões éticas, analisava a vida dos moradores e as formas de comportamento, descrevendo sentimos e reações de forma única e peculiar. As suas conclusões, sempre racionais e inquietantes, permitiram reflexões sobre a conduta das pessoas ante às exigências do mundo moderno: o culto pelo corpo bonito, pela família perfeita e pela preservação da aparência acima de qualquer coisa. Ele constatou que ninguém era autêntico na presença de outrem, que a autenticidade só existia na solidão do lar. 

Na medida em que ele ia contando as suas experiências para Vicky, menos ela conseguia compreender o que ele esperava com o tratamento e qual o fim aquilo poderia levar. A verdade é que ela sequer conseguia distinguir o que era real e o que era imaginação de Y__. Em meio a erros com a tentativa de acertar, cada vez mais ela se envolveu com o paciente e com o seu intelecto, o que acabou lhe conduzindo a uma situação irreversível e surpreendente. 
Minhas Impressões:

Contada por meio de e-mails, mensagens e transcrições de atendimento, a história foi estruturada como uma reconstrução de fatos, no entanto, algumas passagens refletiram a opinião pessoal da psicóloga, que enquanto narrava a sua experiência tentava entender o que a levou a agir de uma maneira ou de outra. 

O interessante do livro foi que o escritor não se preocupou em criar personagens perfeitos. Y__ fugiu a todos os padrões sociais e seu comportamento questionável aos nossos olhos lhe parecia tão natural e aceitável que ele não se permitia arrependimentos. Vicky, a terapeuta, não conduziu o caso com o profissionalismo esperado, o que lhe conferiu uma característica comum a todos os seres humanos: a dificuldade em lidar com o desconhecido e o deslumbramento pelo novo, pelo incomum.

O ritmo da história foi simplesmente excelente! As reflexões apresentadas foram tão incríveis e plausíveis que por vezes me esqueci do fato de que nada daquilo era real já que a invisibilidade ainda não existe. A verdade é que o escritor se utilizou do impossível para criticar os seres humanos, questionar o comportamento, lançar reflexões sobre a modernidade e sobre a falta de coerência dos nossos objetivos. No entanto, em meio às inúmeras inovações constantes da história e da forma de narrativa adotada, senti que a preparação para o final deixou um pouco a desejar. 
{pode conter spoilers} Após inúmeros encontros entre paciente/cliente, Vicky percebeu que Y__ estava se apaixonando por ela. Não posso dizer muito para não estragar as surpresas, mas acredito que neste ponto o escritor conduziu a história para uma seara comum e deixou de inovar. A postura de Y__ ao longo de toda a narrativa era de uma pessoa incapaz de desenvolver sentimentos específicos por alguém, então senti que esse envolvimento emocional contrariou a essência do personagem e o reduziu à condição de um homem comum que apenas se portava de forma estranha, no entanto, aos meus olhos o tamanho da sua obsessão e da sua necessidade de criticar o homem e as suas diversas personalidades, jamais permitiriam que ele desenvolvesse algum tipo de amor. 

Claro que o escritor não criou um romance e uma história de amor. Ele conseguiu conferir surpresas ao final e deixou sinais de que Vicky jamais poderia se sentir inteiramente segura após tudo o que viveu, mas mesmo assim senti falta de algo “maior”. Como ao longo da obra o escritor levantou inúmeras questões e não se preocupou em respondê-las, penso que o livro merecia um término mais aberto e provocativo. 

Só para não deixar dúvidas, termino dizendo que mesmo com essa consideração eu indico o livro. Foi uma leitura incrível, prazerosa e diferenciada! 
A Edição:

Não tem como deixar de mencionar a edição da Editora Bertrand. Impressos em papel soft-touch, os olhos desenhados na capa parecem saltar do livro, o que causa uma sensação incrível quando tocamos o exemplar. A cor viva também contribui para a beleza e para o impacto visual. O livro é leve, a história está em folhas amareladas, o que facilita a leitura e a percepção do texto.

Viewing all 1645 articles
Browse latest View live