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Uma morte horrível, de Pénélope Bagieu

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Pénélope Bagieué uma quadrinista francesa super renomada e conhecida pelo seu estilo irônico e bem humorado. O sucesso da roteirista começou na internet, em razão do blog Ma vie est tout à fait fascinante e da personagem Joséphine, com isso, quando Uma Morte Horrível foi publicada, as vendas imediatamente estouraram... 

Diante disso, essa HQ é uma das maiores apostas da Editora Nemo para o ano de 2016, e garanto que foi uma excelente escolha. Sem dúvida um quadrinho brilhante e surpreendente.

A história começa apresentando Zoé, uma jovem de 22 anos, que tinha uma vida medíocre ao lado de um namorado machista e trabalhava com eventos, sendo submetida constantemente a diversas situações desagradáveis e constrangedoras. Certo dia, de forma inesperada, ela conhece Thomaz Rocher, um escritor que já foi muito famoso, mas que está passando por uma crise na carreira e, por esta razão, está completamente recluso. 
Os dois começam a se relacionar de forma natural e a relação acaba se tornando estável. Com isso, Thomaz consegue escrever uma trilogia que promete ser um grande sucesso. Diante da possibilidade de voltar ao mercado com tudo, ele entra em contato com a Agathe, a sua editora. Nesse momento, a história ganha um novo viés e vários segredos do escritor vem à tona. Ao mesmo tempo, a relação do casal começa a se desestabilizar e somos conduzidos a um grande emaranhando de confusões, até que a HQ nos revela um final completamente interessante e inesperado. Confesso que parei e falei: NÃO ACREDITO!

O interessante é que após o susto com o final, uma dúvida começa a bater: foi tudo natural, ou tudo planejado desde o início? Bom, acredito que a segunda opção é mais viável, mas claro que vocês tem que ler, para entender o que eu estou falando, e depois concluírem sozinhos...
Essa é uma história que parece despretensiosa, mas que contém importantes reflexões sobre fama, ambição, carência, ego e confiança. Uma narrativa inteligente e irônica, que sem dúvida merece destaque.

Se não bastasse o roteiro, a arte também é muito bonita e as cores escolhidas contrastam muito bem com a proposta da história... Gostei muito da estrutura dos cenários e da ambientação, que tornaram a história ainda mais crível e envolvente. 

A edição da Nemo está tão caprichosa, que a Editora teve até o cuidado de alterar a fonte da própria logomarca, para que ficasse no estilo da fonte da história. Harmonia completa!!!

Sem dúvida vale a pena conferir... 









The Kiss Of Deception, de Mary E Person

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Um dos lançamentos mais aguardados da DarkSide Books de 2016é o livro The Kiss Of Deception, uma fantasia medieval voltada para o público young adultMesmo não lendo com frequência os livros do gênero, The Kiss Of Deception de Mary E. Person conseguiu me conquistar de cara pelo enredo e pela força feminina anunciada. 

As páginas revelam a história de Arabella Celestine Idris Jezelia, que rejeita o nome pomposo para ser chamada apenas de Lia. A jovem de 17 anos é uma princesa predestinada a se casar com um príncipe de um reino vizinho apenas para atender aos interesses políticos de sua família, que visa estreitar relações com os Dalbrek.

É isto mesmo: como primeira filha e em respeito às tradições das famílias reais, Lia é usada como solução para acalmar os conflitos entre os reinos e selar uma possível paz entre os Morrigan e os Dalbreck. Mas não estamos falando de uma jovem qualquer: de personalidade forte e determinada, Lia não aceita facilmente o fardo e não concorda em se casar com um desconhecido apenas para satisfazer os interesses de sua família, fugindo momentos antes da cerimônia. A reação de Lia não é apenas uma afronta mas também é considerada uma grande humilhação tanto para os Dalbreck, quanto para os Morrigans.

Enquanto os reinos se desesperam e movem céus e terra em busca de Lia, a princesa não se importa em fugir sem olhar pra trás e é ajudada por Pauline, uma funcionária de sua casa que tem a sua idade e que é, acima de tudo, sua melhor amiga e confidente. Em um ato de amizade e lealdade Pauline ajuda Lia a despistar os rastreadores que saem na caça de ambas.



"Eu não sou um soldado no exército do meu pai."




Lia encontra refúgio e é acolhida em uma espécie de taverna ou hospedaria de uma amiga de Pauline, e lá vê a oportunidade de recomeçar uma nova vida, mas simples, mais livre e mais autêntica. No entanto, o que Lia não sabe é que sua fuga provocou a cobiça de um assassino contratado para matá-la e instigou a curiosidade do Príncipe abandonado no altar, que fica com seu ego ferido por não ter tido a mesma coragem da princesa de Morrigan. Ambos saem à procura de Lia até encontrá-la na hospedaria.

É interessante observar que a autora conseguiu apresentar os dois personagens misteriosos sem identificar diretamente quem é o príncipe e quem é o assassino, de forma que, quando ambos interagem com Lia, não sabemos quem é quem. O livro é narrado em primeira pessoa pela perspectiva de Lia na maior parte do tempo, mas também temos o ponto de vista do príncipe e do assassino.

Mary E. Person constrói o universo fantástico ao longo da história e não subestima o leitor: tudo é apresentado de forma delicada e discreta. Mesmo sem utilizar longas descrições, a autora consegue criar todo o enredo e cenário de fantasia com naturalidade. O enredo é rico em detalhes e ao longo do texto Mary deixa pequenas pistas e rastros sobre os dons, os mistérios, o universo fantástico, a briga de poder e sobre a identidade do príncipe e  do assassino.

É importante frisar também a força de todas, eu disse TODAS as personagens femininas. Pra mim este é um ponto muito positivo e importantíssimo, especialmente em um momento em que se fala tanto em representatividade. Construir histórias com personagens femininas empoderadas enriquece a história e é fundamental para que haja identificação do público young adult. Mary E. Person não apenas deu vida ás suas personagens como também conferiu uma identidade singular a cada uma delas: The Kiss Of Deception apresenta mulheres fortes, determinadas e empoderadas. 

A linguagem é direta, sofisticada e a narrativa é muito envolvente, prendendo do início ao fim. O mistério envolvendo a identidade do príncipe e do assassino não é forçado, tampouco apelativo, já que Person revela pistas ao longo do texto, dando dinâmica e movimento à história. 
























The Kiss Of Deception foi uma ótima surpresa e tem vários elementos que um bom livro deve ter: força, personagens bem construídos, texto dinâmico, enredo consistente, boas doses de mistério e romance na medida certa. Leitura excelente mais que recomendada!



































Vidas Secas, de Arnaldo Branco e Eloar Guazelli

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Escrito por Graciliano Ramos e publicado no ano de 1983, o livro Vidas Secasé um dos livros mais importantes da literatura brasileira e conta, com simplicidade e profundidade, a trajetória dos personagens Fabiano, Sinha Vitória, o menino mais novo, o menino mais velho, e a cachorra baleia. Juntos, eles andam sem destino pelo sertão e tentam encontrar maneiras de sobreviver à seca, à escassez de recursos, e às constantes e duras lutas pelo poder. 

No ano passado, a história ganhou uma versão em quadrinhos, que foi publicada pela Galera Record e conta com o roteiro de Arnaldo Branco e as ilustrações de Eloar Guazelli. A proposta da obra foi homenagear a obra original e recordar tempos difíceis que por vezes ficaram esquecidos.

O interessante da HQ é que ao recontar a história, ela nos possibilita não só uma nova visão da obra de Guimarães Rosa, como nos atenta para situações que passam despercebidas na leitura do texto original. O roteiro, apesar de deixar muitas passagens importantes de fora, o que é facilmente compreensível ante à inevitável limitação de páginas e à própria estruturação de uma história em quadrinhos, está tão amarrado e intenso, que até quem nunca leu a história original irá aproveitar a leitura e se emocionar, com os personagens que enfrentam com humildade e pureza diversas dificuldades e situações complicadas.
Ao longo da leitura é possível perceber claramente os traços de uma política excessivamente burocrática e agressiva, bem como de uma sociedade marcada pela escravidão e pela exploração, o que demonstra que o trabalho de adaptação consegue transmitir perfeitamente a mensagem que Guimarães Rosa quis passar ao escrever o texto original. 

Além do roteiro, as ilustrações de Guazelli merecem destaque, afinal, o ilustrador demonstra, por meio de tons pretos e vermelhos e traços aparentemente borrados, todos os sentimentos e toda a dor dos personagens, que não aparecem com rostos bem definidos, o que causa a sensação de que aquela história pode ser sobre qualquer um.

Sem dúvida um trabalho incrível e uma verdadeira obra de arte! Vale destacar que apesar de estar fazendo a resenha só agora, eu li essa HQ no ano passado, e ela fez parte da minha lista de melhores quadrinhos lidos em 2015. Indico com certeza! 



As melhores frases do livro The Kiss Of Deception, de Mary E. Person

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Depois de ler The Kiss of Deception, sobre o qual falei aqui, aproveitei pra separar algumas das melhores frases e trechos do livro, e olha que não foram poucas!

Se você ainda não se convenceu a ler o livro ou se está curioso pra conhecer a história aproveite pra conhecer as melhores passagens de The Kiss Of Deception, de Mary. E. Person a seguir! 

________________________

"Eu não sou um soldado no exército do meu pai."

"Meu vestido flutuava atrás de mim, agora cansado-me com uma vida de incertezas, mas que assustava bem menos que a vida de certezas que eu tinha encarado. Agora, essa vida era um sonho criado por mim mesma, na qual o único limite era minha imaginação. Era uma vida comandada por mim, apenas por mim."

"Depois que minhas atividades foram restringidas, desenvolvi uma tendência a sair sorrateiramente, como fiz hoje. Não é uma habilidade que seria valorizada pelos meus pais, embora eu me orgulhasse dela."

"Mesmo assim, cada vez que minha lâmina deslizava por uma garganta, os olhos alarmados da vítima roubavam minha alma"

"A verdade é que achei ambos atraentes, cada um à sua maneira. Ora, eu não estava morta."

Isso não é o bastante para disfarçar o que tem dentro de você. Você sempre será você Lia. Não há como fugir disso."

 "Durante minha vida toda sonhei com alguém me amando pelo que eu era. Por quem eu era. Não por ser a filha de um rei. Não por ser a Primeira Filha. Apenas por mim. E, com certeza, não porque um pedaço de papel ordenava isso. "
"Pode-se levar anos para moldar um sonho, mas é preciso apenas um segundo para despedaçá-lo."

"Pauline e eu gritamos. Berramos com toda a potência de nossos pulmões, sabendo que o vento, as colinas e a distância impediam nossa liberdade cheia de nervosismo de ser captada por qualquer ouvido."

"Deste momento em diante, para o bem ou para o mal, este é o destino com que terei de viver"




Frases que comprovam que O Exorcismo não dever ser lido a noite

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Oi gente, tudo bem?

Quem é fã da Darkside Books (todo mundo) sabe que recentemente a editora lançou o livro O Exorcimo, de Thomas B. Allen. Escrito a partir do diário original do Padre Bowdern, que foi mantido em segredo por muitos anos nos arquivos da Igreja Católica, neste livro você vai encontrar fatos relacionados a um exorcismo verdadeiro, praticado em um jovem no ano de 1949.

Para alguns, o livro pode ser visto apenas como uma ficção bem escrita, para outros, por sua vez, ele pode parecer muito real. O que eu digo aqui é independente das crenças individuais essa história dá medo, MUITO medo! 

Sendo assim, eu decidi fazer esse post e mostrar algumas passagens da história para que vocês entendam que esta não é uma obra para ler a noite. Não, não mesmo! 

Confiram e preparem-se: 

"Qualquer que seja a origem, algo poderoso estava prestes a invadir a mente de Robbie - e possivelmente sua alma."

"Em uma versão dada por Hughes, ele ouviu o garoto falar latim, embora o menino nunca tivesse aprendido o idioma. De acordo com o sacerdote, Robbie disse: "O sacerdós Christi, tu scis esse diabólum. Curme derogás?", que significa: "Ó padre de Cristo, você sabe que eu sou o diabo. Por que continua me incomodando?"
"Agora era a vez dos pais de Marty conhecerem o medo. Seu próprio filho se encontrava naquela ameaça que vibrava e arranhava e que tomava conta do quarto. Seu lar fora invadido. Algo tinha que ser feito. Catherine sentiu uma profunda necessidade de um padre."

"Bowdern sabia que, no fim das contas, ele era o prêmio que o demônio procurava. Isso o padre não temia. O que ele detestava era despertar a besta de um menino e vê-lo atormentado."

"Especular sobre as intenções dos demônios é um risco lógico e teológico porque nunca se sabe quando o Príncipe das Mentiras está dizendo a verdade. No entanto, qualquer que tenha sido a eficácia do primeiro batismo de Robbie, o segundo teve um efeito devastador. A violência se intensificou. O possuído ficou ainda mais feroz que antes."

"Nunca antes Robbie emergira de uma série de episódios sabendo conscientemente que estivera em um. Em todas as outras noites, um véu dividia sua consciência normal da consciência da possessão. Agora, o véu se fora. Ele parecia saber que estava possuído. E com certeza sabia que poderia estar enlouquecendo."
"Ele podia sentir o mal irradiando daquele garoto torturado. O mal tinha que passar por ele, explodir para fora dele e, então, sua contenda contra o mal teria chegado ao fim. O mal o abandonaria."

"Robbie berrou de novo. Disse que sentia uma dor terrível bem fundo no corpo. Apontou para onde os ficavam (ou assim Bishop julgou). Em seguida, disse que o pênis estava queimado. Começou a urinar sentindo muita dor. Já que, em alguns casos de exorcismo, o diabo sai através da urina ou das fezes, Bowdern teve esperanças mais uma vez. O padre decidiu fortalecer a alma de Robbie ao lhe dar a comunhão."

"Então, "a língua do garoto começou a se agitar para fora da boca e sua cabeça a se mover para frente e para trás em movimentos serpenteantes. De súbito, ele fazia um movimento rápido para cima, para baixo ou para o lado do travesseiro e cuspia muco nos olhos do exorcista."

E então, preparados para as emoções do livro? Espero que sim, porque são muitas! Em breve farei um post com mais informações sobre a obra e com alguns detalhes essenciais para os curiosos...

Aguardem!!!!






Textos Para Nada, de Samuel Beckett

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Eu não havia tido nenhum contato com Samuel Beckett mas o título interessante"Textos Para Nada" de cara chamou minha atenção e eu não resisti: esta foi uma das minhas últimas aquisições da Cosac Naify

O autor irlandês apresenta um narrador preso em um limbo, que pode representar um vazio cultural, criativo ou mesmo existencial. Por meio do monólogo angustiante só sabemos que o nosso narrador encontra-se atormentado pelo vazio que o cerca, pela falta de perspectivava, pelas dúvidas e pela desesperança. 


“Para onde eu iria, se pudesse ir, o que seria, se pudesse ser, o que diria, se tivesse uma voz, quem é que fala assim, dizendo que sou eu?”

O texto é um recorte desordenado das experiências do narrador, que dialoga sobre os experimentos realizados na trilogia de Beckett composta pelos livros Molloy, Malone Morre e O Inominável. O título "Textos Para Nada" refletem a despretensão do narrador, que preocupa-se mais em fazer perguntas do que propor respostas. O protagonista tenta sair do silêncio e busca identidade, respostas e sentidos. Conversando consigo mesmo ininterruptamente, ele contesta a razão da própria existência em diálogos angustiantes e relativiza a importância do ser humano. A intensidade dos sentimentos do autor ficam nítidos inúmeras passagens e percebemos que a inércia de sua condição o desespera.


Apesar de ter adorado a forma como Beckett constrói seu texto e de parar pra pensar em vários momentos ao longo da leitura, em certos momentos foi difícil continuar com o livro até o final, creio que pela linguagem angustiante do autor.



A forma como Beckett se expressa foi tão eficaz que me senti angustiada como o protagonista, e por vezes tive a sensação de "andar em círculos". O livro tem passagens incríveis e eu espero ler a trilogia completa para conhecer outros trabalhos do autor.


"Não sei, estou aqui, é só o que sei e que ainda não sou eu, é com is, está o que é preciso se virar. Não há carne em lugar nenhum, nem modo algum de morrer.  Deixe tudo isso, querer deixar tudo isso sem saber o que isso quer dizer, tudo isso, está logo dito, logo feito, em vão, nada se mexeu, ninguém falou. Aqui, aqui nada acontecerá, aqui não haverá ninguém, tão cedo. 



























A Coroa, de Kiera Cass

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A princesa Eadlyn está em meio a um turbilhão de problemas e desafios bem no momento em que a Seleção chega à momentos decisivos. Depois de muito relutar, Eadlyn finalmente começa a se abrir e acreditar que a Seleção pode ter sido sim um fator de crescimento e descoberta em sua vida. Os pretendentes já se tornaram pessoas especiais e ganharam o carinho e a preocupação da tão forte e implacável princesa. Diante de tudo isso, Eadlyn ainda precisa lidar com a forte crise que assola o País, a saúde fragilidade de sua mãe que levou seu pai e então Rei a sair da linha de frente de tomada das decisões e a ausência do irmão. 

“As mãos da minha mãe estavam tão suaves, quase de papel. A sensação me fez pensar em como a água lapidava as arestas de uma pedra. Sorri, pensando em como ela devia ter sido uma pedra bem áspera em outros tempos."



O mais interessante na história de Eadlyn tanto em “A Herdeira” quanto em “A Coroa” é a desconstrução de uma heroína “perfeita”. A Princesa Eadlyn é repleta de defeitos, dúvidas e inseguranças das quais ela sente dificuldade de admitir até para ela mesma. Mas tudo isso se torna fonte de aprendizagem tanto para a personagem, quanto para o leitor.

A procura pelo amor nem é o assunto principal dessa história que versa mais sobre autoconhecimento e o despertar da personagens para importantes valores, do que pela busca de um amor como fonte de felicidade. Mesmo assim, sou obrigada a revelar que a escolha de Eadlyn entre os pretendentes me agradou demais. E eu tive dúvidas sobre essa escolha até o final do livro, coisa que não aconteceu na primeira saga da Seleção com América e Maxon. Todos nós já sabíamos que América seria a eleita. 

"- Você costumava errar? perguntei – Dizer as palavras erradas, fazer as coisas erradas?
Esperei uma resposta, mas não recebi nada além do chiado do equipamento e das batidas do monitor. 
- Bom, você e o papai costumavam brigar, então deve ter errado algumas vezes. "

Para os que ainda não sabem, a Seleção vai virar filme e eu estou ansiosa para ver a escolha dos personagens de A Herdeira e A Coroa, principalmente do “escolhido” de Eadlyn que no meu imaginário é lindo e gentil. Além disso, tenho grandes expectativas quanto à escolha da atriz que interpretará Eadlyn. Ela precisará representar uma mulher forte e cheia de personalidade, mas sem cair na mesmice de mocinha delicada. É um bom desafio. Espero que não me decepcionem!

"- Fiz todos os anúncios. Agora todo mundo sabe do casamento de Ahren e que você está meio...indisposta no momento. Cortei os rapazes para seis. Sei que foi um corte grande, mas o papai disse que tudo bem e que também fez isso na vez dele, então ninguém pode reclamar – Suspirei – Não importa. Tenho a sensação de que as pessoas ainda vão dar um jeito de reclamar de mim. “

Conta pra gente o que você achou da saga de Eadlyn, ou, se ainda não leu, quais suas expectativas!

Até a próxima, leitores!

                                                                             


O Exorcismo, de Thomas B. Allen

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Quando a Darkside Books anunciou o lançamento do livro O Exorcismo, de Thomas B. Allen, um enorme burburinho começou. Alguns acharam que era o livro que inspirou o filme, outros falaram que era melhor deixar isso de lado e ler a Bíblia (juro, comentaram isso no Instagram quando postamos uma foto), outros ficaram contando os minutos (EU), e outros foram firmes na seguinte opinião: não passo nem perto!

É interessante pensar na forma como o medo e o desconhecido reflete nas pessoas. Algumas querem testar os próprios limites, enquanto outras querem permanecer na situação de conforto e sequer arriscar. Mas estando na primeira ou na segunda situação, acredito que uma coisa é comum a todos: a curiosidade!

Então, se você quer ler O Exorcismo ou não quer chegar nem perto desse livro demoníaco, mas tem aquele pinguinho de curiosidade, o que precisa saber é o seguinte: Thomas B. Allené um jornalista sério, que passou anos da sua vida reunindo informações e conversando com pessoas que testemunharam um exorcismo que ocorreu no ano de 1949 e que marcou a vida de uma família, de todos que conviviam com eles, e também representou um marco na Igreja Católica no que se refere aos estudos de caso relacionados a exorcismo. 
Após muitas pesquisas, ele publicou o livro e devido ao sucesso e ao impacto causado, a história real que ele descreveu inspirou o romance O Exorcista, de William Peter Blatty, que foi publicado no ano de 1971 e, posteriormente, foi adaptado para o cinema com a direção de William Friedkin. 


“A possessão é o cativeiro do mal. Tanto culturas primitivas quanto desenvolvidas de todas as eras acreditam nela. E todas as culturas que acreditavam em possessão encontraram maneiras de aplaca-la. Para os católicos, essa maneira era o ritual do exorcismo. [...]” 


Independente das suas crenças acerca do exorcismo, para ler o livro e entrar com tudo na ideia da narrativa, você precisa abrir a sua mente e compreender que o que Thomas B. Allen descreve é baseado em informações concretas e arquivos da Igreja, contudo, para preservar a identidade das partes, ele alterou os nomes dos envolvidos e chamou o jovem de 14 anos que foi possuído pelo demônio de Robert (ou Robbie). 
Robert era um rapaz comum, que adorava se divertir com a tábua ouija que havia ganhado de presente de uma tia e usava a peça para tentar se comunicar com os mortos. Acontece que de uma hora para outra e sem uma explicação plausível, fenômenos estranhos começaram a ocorrer, deixando todos perturbados e receosos. 

Na medida em que o tempo passava, os fenômenos foram se agravando e a situação do jovem foi se tornando cada vez mais preocupante e angustiante. Ele gritava, se contorcia, falava pornografias, cuspia, mensagens estranhas apareciam em seu corpo etc.

“Robbie começou a urinar e a soltar gases. O fedor era insuportável. Alguém abriu uma janela. O garoto gritava e dava gargalhadas diabólicas. Essa foi a palavra que vinha de imediato à mente daqueles que as ouviam: diabólicas”.

Os padres, extremamente preocupados e envolvidos com a questão, começaram a perceber que o garoto, que no início não lembrava dos atos que cometia enquanto estava possuído, começou a perceber que vivenciava tais momentos, o que era extremamente grave, já que poderia levá-lo à loucura. Com isso, a luta entre o bem e o mal, que já estava intensa e angustiante, se tornou ainda mais firme e as sessões de exorcismos duravam cada vez mais.
O interessante do livro é que mesmo sendo angustiante e arrepiante, ele possui uma linguagem envolvente e Thomas B. Allen consegue descrever com precisão não apenas os momentos de pânico e ataques de Robbie, como também as opiniões dos Padres envolvidos e as referências e estudos da Igreja sobre a prática do exorcismo. A obra é rica em informações, contém as orações em latim, e apresenta também referências a outros exorcismos praticados pela Igreja em situações anteriores.

Ao final da história, Thomas B. Allen colocou o diário original e a principal fonte das suas pesquisas, demonstrando que não criou situações ou tornou as descrições mais intensas. Ele apenas organizou as informações em uma sequência mais lógica, preservando os fatos na integralidade.

Sobre a edição da Darkside Books, como sempre dispensa comentários! A editora pensou em todos os detalhes e fez uma capa preta texturizada, que na parte interna apresenta uma tábua de oija. Dá gosto de ver e de ler... :)

Mergulhem de cabeça e preparem-se para muitas emoções! Enquanto isso, cliquem aqui para conhecer as frases do livro que vão te provar que ele não deve ser lido à noite... 





5 animações infantis que vão partir seu coração

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Em um dia como outro qualquer você leva seu filho(a), sobrinho(a), irmão(a) ou primo(a) ao cinema (ou vai por conta própria como eu costumo fazer) e já se prepara para dar muitas e boas risadas, afinal de contas vocês vão ver uma animação (com o perdão do trocadilho). O que você não sabe é que muitos destes filmes são feitos pra fazer você, adulto, brincar de equilibrar aquela lágrima teimosa no canto do olho ou mesmo desabar de chorar escondido atrás do balde de pipoca.
Estes filmes servem pra provar que animações podem sim ser dramáticas e também para surpreender você, que foi assistir ao "O Rei Leão" no cinema sem a menor ideia da sacanagem que estaria por vir (vamos combinar que ninguém imaginou aquela morte do Mufasa né?).

Pra mostrar que esses filmes podem sim ser emocionantes, listei 5 animações que gosto muito e que vão fazer você chorar em algum momento. 

Observação: Não indiquei nenhuma animação japonesa na lista, e acreditem, foi de propósito. Considero o anime japonês um gênero tão especial que optei por fazer uma lista só de animes no futuro. 

DUMBO


Imagine um filhote de elefante doce e carismático que cruelmente se torna motivo de deboche em função de sua aparência? Triste não é? A história do elefantinho antropomórfico que era ridicularizado por suas orelhas grandes vai partir seu coração por mostrar o quanto o mundo pode ser cruel com quem é diferente.


TOY STORY 3

O terceiro filme da bem sucedida saga de filmes da Pixar parece que foi feito pra fazer a platéia chorar. Isto porque a saga dos brinquedos que ganham vida quando estão sozinhos e que passam a "vida" temendo serem trocados pelo seu dono, ganha contornos dramáticos quando Andy, já crescido se despede definitivamente de seus brinquedos companheiros de infância. É difícil segurar as lágrimas diante desta, que é a mais bem sucedida animação da Pixar

Bambi


O pequeno cervo Bambi vivia feliz na floresta até o dia em que perdeu sua mãe, morta por caçadores quando tentava protegê-lo. Acho que nem preciso lembrar o quanto a cena é triste né? Bambi enfrenta seus problemas com a ajuda do pai e aos poucos vai conhecendo melhor a floresta onde vive, mas até lá já fez você chorar bastante.

Up Altas Aventuras

Com muita delicadeza e sensibilidade a Pixar te convence a chorar logo no começo do filme apresentando a história de Carl e Ellie. O casal, que se conhece desde sempre foi feliz até a perda do filho, e acabou não realizando os planos com os quais tanto sonharam. Up, Altas Aventuras é uma ótima razão pra usar aquele lencinho guardado no bolso/na bolsa. 

O Rei Leão 




A história é a seguinte: você foi ao cinema esperando pipoca, risadas, Hakuna Mattata, e tudo mais, mas se surpreendeu com uma das animações mais emocionantes e bem sucedidas de todos os tempos. SIM, estou falando de O Rei Leão, que apesar de ter a natureza como cenário, faz uma metáfora espetacular da nossa selva de pedra e todo jogo de poder da "vida de adulto". De forma indireta o filme retrata política, sociedade, valores, o amor, e principalmente a dor.  Quando fomos ao cinema ninguém contou pra gente que haveria uma morte, muito menos a morte do protagonista e é claro que o choro coletivo de crianças e adultos tomou conta das salas de cinema de todo o mundo. Rei Leão emociona demais, especialmente por ter uma dinâmica que o distingue das outras animações: diferentemente da maioria das animações que envolvem mortes no logo no começo, em O Rei Leão vemos Mufasa ser assassinado em uma emboscada cruel, pelas mãos do próprio irmão lá pelo meio da história. Se for ver ou rever, é bom preparar o lenço. 


Espero que tenham gostado da lista! E você, já se emocionou com algum dos filmes da lista? Conta lá nos comentários!

Até a próxima lista!




Oito quadrinhos emocionantes

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Oi gente, tudo bem?

Como vocês já sabem, eu amo quadrinhos e sempre que posso faço resenha por aqui. Outro dia, olhando minha estante, percebi que várias HQ's já me fizeram chorar. Várias... E o interessante é que elas, mesmo tendo em comum o fato de serem emocionantes, possuem temáticas diferentes e propostas diferentes... 

Diante disso, resolvi montar esse post com os títulos, para que vocês, caso não tenham lido ainda, coloquem todos eles na lista (interminável) de próximas leituras. Garanto que não vão se arrepender! 

Confiram: 

Azul é a cor mais quente 

Uma história de amor e de autoconhecimento, que fala sobre preconceito e aceitação. Uma história intensa e repleta de reflexões. Eu amo completamente!

Daytripper

Gente, essa HQ é tão, tão maravilhosa, que não encontrei as palavras certas para descrevê-la e fazer uma resenha. É uma história linda, com ilustrações impecáveis, que fala sobre a vida, as experiências, e a morte. É simplesmente inesquecível! 

Gabo: memórias de uma vida mágica

Gabriel García Márquez é um dos meus escritores preferidos, então acho que não preciso explicar com muitos detalhes os motivos pelos quais essa HQ me emocionou. Sem dúvida uma leitura maravilhosa. 

Habibi

A história se passa no Islã e conta a trajetória de uma menina que foi vendida para um homem muito rica, com apenas 12 anos de idade, e de um garoto órfão. De forma inesperada eles se encontram e a partir disso, a vida de ambos ganha novos rumos. Uma história triste, mas repleta de sensibilidade. 

Sem dúvida um dos melhores quadrinhos que eu já li. Baseada em fatos reais, essa é uma história comovente e sincera sobre o holocausto e sobre a violência e as crueldades enfrentadas pelos judeus. 

Persépolis

A história se passa no Islã e é narrada sob o olhar de uma criança que precisa amadurecer antes do tempo para tentar compreender os problemas políticos e sociais vivenciados no seu país. Uma narrativa encantadora e delicada, que merece grande destaque! 

Pílulas Azuis

A história, baseada em fatos reais, conta a vida de um casal que se apaixona e precisa enfrentar diversas dificuldades, uma vez que Cati é portadora de HIV. A narrativa é sensível, sincera, livre de preconceitos e muito comovente. 

Retalhos

Essa é a história de um jovem que apesar de ter sido educado em uma família muito religiosa, que tolia o seu comportamento e impunha diversas regras em razão da fé, conseguiu ter coragem para questionar os ensinamentos que lhe foram passados e seguir a sua própria vida com liberdade e autonomia.

É isso gente, aproveitem! Todas essas histórias me marcaram muito, então espero que vocês gostem também... 



Flores, de Afonso Cruz

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É indiscutível que a primeira coisa que chama atenção nesse livro é a capa. Posso dizer que é uma das capas mais lindas da Companhia das Letras e o interessante é que ela faz jus à beleza, à profundidade e à sensibilidade da obra que ela apresenta. Conhecer o escritor português Afonso Cruz foi uma das melhores e mais incríveis surpresas do ano, e certamente irei atrás de outras obras dele. 


"- Sabe porque não somos felizes? - perguntou ele.
- Desespero, solidão, medo?
- Não. Por causa da realidade."

Com uma linguagem simples, fluida e poética, esse livro conta a história de um homem que está em uma fase difícil da vida, se sentindo completamente entediado, distante da filha e vendo o seu casamento ruir. 

Enquanto se preocupa com situações banais do dia-a-dia e sofre por não conseguir resolver pequenos problemas, ele não consegue perceber que existe um mundo inteiro à sua volta. Da mesma forma, ele nunca demonstra solidariedade ou compreensão com as dificuldades dos outros, desconhecendo até mesmo as situações enfrentadas pelos vizinhos e pela própria esposa. 
Certo dia, de forma surpreendente e inesperada, ele descobre que um dos seus vizinhos, o Senhor Ulme, que lhe parecia um homem estranho e que gostava de falar coisas sem sentido, estava com uma doença degenerativa grave, razão pela qual não possuía lembranças sobre o passado e sobre a própria história. Com isso, ele decide ajudar esse senhor e sair em busca dos acontecimentos que ficaram esquecidos. 


"A poesia até para acabar com a guerra servia, era isto que o senhor Ulme anunciava antes de começar a dizer um poema: "A poesia serve para acabar com a atrocidade, é uma bala na cabeça do horror, é uma pedra atirada contra este cenário de mal gosto,este cenário que acreditamos ser a realidade"."

Talvez essa seja a história de um narrador que se perde na própria vida não consegue perceber o seu presente, e de um Senhor sem lembranças do passado e sem expectativas do futuro, mas que olha para o mundo com um olhar sensível e diferente. Talvez essa seja a história de um encontro oportuno, entre duas pessoas tão diferentes, mas que precisam da mesma coisa: atenção e companhia! 

Enquanto busca as informações sobre o Senhor Ulme, o nosso narrador percebe que uma pessoa pode ser vista de várias formas pelas outras, mas que isso não muda aquilo que ela realmente é. Ele percebe que o olhar que os outros tem sobre nós depende não necessariamente da gente, mas da forma como aquela pessoa enxerga a vida. Um mesmo fato pode ser visto com alegria por um, e com tristeza por outro. 


"Tenho certeza de que a vida morre com a rotina e não com a morte, e que o hábito nos petrifica, um dia olhamo-nos ao espelho e estamos transformado em estátuas, faz lembrar a mulher de Lot, quando ela e o marido saem de Sodoma, estando esta a ser destruída devido à iniquidade dos seus habitantes, e lhe dizem para não olhar para trás." 
Ao entender tudo isso, o narrador perdido no sentido da própria existência descobre que é preciso ter coragem para lutar pelos próprios sonhos e para tornar a vida melhor, afinal, o tempo passa e o que fica para trás pode não voltar.


"Podemos olhar para uma frase e percebemos que aquilo é um mar, uma maneira de ser feroz, de navegar, de viajar, de ter peixes, de ter lágrimas. Eu acreditava que as frases eram armas capazes de mudar, de lutar, de resistir. Armas capazes de disparar um futuro." 

Esse é um livro sobre a vida, a morte, as perdas, o amor, a amizade e a importância das lembranças. Com personagens intensos e muito cativantes, esse é um livro sobre pessoas e como elas podem se transformar com o passar dos anos e com os baques da vida.

O interessante é que além de tudo isso, esse também é um livro com um viés político e uma crítica social super relevante. Uma história arrebatadora e marcante, que sem dúvida se torna inesquecível...

Vale a pena conferir!


"- Também temos um nome em latim?
- Temos um nome universal.
- Como é que se sabe esse nome?
- É o nome da pessoa que amamos. É uma ideia tão bonita que parece uma letra pimba: experimenta pronunciar o nome da pessoa que amas e vai ouvir o teu verdadeiro nome."







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Placas Tectônicas, de Margaux Motin

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Imagine uma HQ descontraída, divertida, leve e que descreve situações que provavelmente você já vivenciou ou já viu alguém vivenciar... Imagine uma HQ com uma personagem de 35 anos, que termina o casamento, tem uma filha ainda criança, e quer experimentar a vida com intensidade, como se fosse apenas uma adolescente... 

Imaginou? 

Então você conseguiu entender direitinho o que vai encontrar em Placas Tectônicas, da francesa Margaux Motin, que foi publicada no Brasil pela Editora Nemo, em uma edição muito caprichada e com a tradução impecável de Fernando Scheibe.
A HQ é o auto-retrato da roteirista, que com um bom humor impagável descreve as situações inéditas que vivenciou depois que se separou do marido e conseguiu sair da "fossa". Com um texto leve e solto, e ilustrações com traços finos e repletos de cores, ela fala sobre amizade, balada, ressaca, julgamentos, família, maternidade, sexo, trabalho, superação, liberdade etc.

O interessante é que Margaux ri dela mesma e enfrenta as situações com naturalidade e pouco pudor, sem se importar com as opiniões dos terceiros e sempre sendo sincera com as próprias vontades e desejos. Em uma parte da história, inclusive, ela diz o seguinte: "porque seria melhor morrer do que revelar essa verdade que NINGUÉM NO UNIVERSO parece capaz de admitir: A MULHER É UM HOMEM COMO TODOS OS OUTROS.”
Essa é uma história sobre a vida como ela é. Uma história que mostra situações corriqueiras e que podem ser vivenciadas por qualquer pessoa, na tentativa de nos fazer perceber que somos um misto de emoções, de sensações e atitudes. Somos placas que se unem de forma imprecisa e imprevisível, fazendo com a gente aprenda a lidar com todas as barreiras e todos os empecilhos que surgirem no caminho. 

A narrativa fala muito sobre as mulheres, mas em momento algum tem a intenção de forçar comportamentos ou inspirar mudanças, o que ela apresenta é apenas a realidade de uma mulher espirituosa e bem humorada, que vive a vida intensamente, como se não houvesse amanhã... Uma mulher que muito se parece comigo e provavelmente com você!  
É uma HQ para colocar na cabeceira da cama e abrir e fechar mil vezes. Não tem como não rir, não lembrar de alguma situação que você vivenciou em algum momento e não querer que todas as suas amigas leiam. Nossa, quantas vezes me peguei pensando: "gente, isso é a cara da ____.". Identifiquei várias amigas na história, o que tornou a leitura ainda mais agradável! 

Sem dúvida vale a pena conferir... Virou queridinha! Ah, a Pipoca Musical listou no blog 5 momentos super divertidos da história, não deixem de conferir

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Menina Má, William March

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Se você gosta de um bom thriller psicológico, precisa dar atenção ao livro Menina Má. O livro de William March, publicado recentemente pela DarkSide Books narra a história de Rhoda, uma garotinha aparentemente perfeita que esconde por trás de suas covinhas e sorriso doce uma mente perversa, capaz de cometer as maiores atrocidades para satisfazer suas ambições com toda a frieza necessária.

A mãe de Rhoda, Christine, fixou-se em uma nova cidade, juntamente com a filha, enquanto seu marido investe na carreira em uma cidade diferente. A distância faz com que o casal se comunique por cartas, e Christine lida com a solidão e a responsabilidade de criar a filha sozinha.

Aos olhos de algumas pessoas, Rhoda era uma garotinha perfeita e tinha muito mais do que se espera de uma menina de sua idade: madura, inteligente, educada, sempre com um sorriso gentil emoldurado por uma covinha simpática e por suas alinhadas tranças loiras. Para outras pessoas, Rhoda era sombria, misteriosa e que, por trás de sua aparência angelical, velava um mal maior do que ousavam imaginar. 

Uma das coisas mais interessantes do livro, é que a história parte de uma família tradicional, dentro dos padrões idealizados pela sociedade no melhor estilo "comercial de margarina". Christine é uma mulher jovem e bonita, seu marido possui uma carreira em ascensão e a filha Rhoda é uma garota perfeita, ainda que sua maturidade seja intimidadora em vários momentos. 

A vida aparentemente perfeita, aliada à passividade de Christine e à responsabilidade de criar a filha,  fazem com a mãe fique em negação tanto quanto possível no que diz respeito ao comportamento nitidamente estranho de Rhoda. 

Rhoda desde o começo da história expõe traços claros de psicopatia e suas ações refletem a total falta de consciência de suas atitudes. Rhoda não tem empatia por quem quer que seja e quando quer algo só recua quando percebe que sua agressividade se tornou explícita, o que a leva a atuar de forma não muito convincente, principalemente para Christine. Sua frieza, seu egoísmo suas convenientes manifestações de carinho, sua indiferença diante das situações mais dramáticas preocupam sua mãe, que liga o alerta após a suspeita morte de um colega de Rhoda em um acampamento.


"A Sra. Penmark respondeu que gostaria, sim, acrescentando que a menina, quase desde bebê tinha sido uma espécie de charada tanto para ela quanto para o marido. Era algo difícil de precisar ou identificar, mas havia uma estranha maturidade no caráter da menina que julgavam perturbadora."



William March nos diz o tempo inteiro o quanto podemos ser enganados pelas aparências e brinca até mesmo com a  percepção do leitor: o livro vai além da psicopatia de Rhoda e a deixa em segundo plano para nos mostrar a perspectiva de Christine, cuja transformação acompanhamos ao longo de toda a história.

Christine é uma mulher comum, sem muitas perspectivas e que não costuma impor suas vontades, nem mesmo para a fillha. Na medida em que o comportamento de Rhoda se revela (especialmente após a morte mal esclarecida do colega de Rhoda) a personagem evolui, e Christine assume uma nova postura; mais forte, mais determinada e até mesmo mais dissimulada, já que cabe a ela proteger e "maquear" as atitudes da filha.  Aos poucos sua paz é consumida pela expectativa e pelo medo do mal que Rhoda pode fazer a outras pessoas. Christine passa a socializar menos, pesquisar mais o assunto, se torna mais introspectiva e é atormentada a todo instante pelo excesso de responsabilidades. 


"Se me perguntassem, eu diria que a era em que vivemos é a era da violência. Me parece que todo mundo tem violência na cabeça hoje em dia. E acho que vamos simplesmente continuar por esse caminho até não ter nada mais que estragar. "
























Willian March propõe perguntas, mas assim como Christine não encontramos respostas. Não há escolha sem perdas e não há saída sem sofrimento para quaisquer das partes. Christine se vê presa em um dilema: seguir a responsabilidade de proteger a própria filha das consequências dos próprios atos ou atender ao dever de alertar as outras pessoas sobre o mal que Rhoda pode provocar? Como lidar com esse paradoxo? O que você faria no lugar de Christine? Eu honestamente não sei a resposta, se é que há uma resposta certa.

Menina Má mostra que a crueldade não tem face e revela o que uma mente atormentada é capaz de fazer, seja por meio do comportamento de Rhoda ou pela transformação de Christine. Mais do que um livro sobre uma garota malvada, "Menina Má"é uma história sobre uma mãe obrigada a sair de sua zona de conforto, aterrorizada pelo comportamento maligno da própria filha. O livro prova que o mal pode estar mais perto do que imaginamos, vindo de quem menos se espera. É uma história fantástica sobre medos, inseguranças e sobre consequências.

























Curiosidade


"Menina Má" me lembrou em vários momentos o caso real que baseou o documentário A Ira de Um Anjo, um compilado de gravações de sessões no consultório do psicólogo Ken Magid. Especializado em casos de vítimas de abuso infantil, Dr. Ken gravou várias sessões com a menina Beth Thomas, que apesar da voz doce e aparência angelical foi diagnosticada com uma psicopatia incomum.

Diferentemente de Rhoda,  Beth teve uma infância cruel antes de ser adotada e foi vítima de severos abusos sexuais desde bebê. Se Rhoda era menos explícita e mais dissimulada, Beth não se preocupava em disfarçar sua falta de consciência. Seus depoimentos são arrepiantes e é impossível não se sensibilizar com o sofrimento dos pais, que se vêem de mãos atadas diante do comportamento violento da filha. O caso de Beth era tão grave que a menina precisou ser internada por um tempo, já que ameaçava constantemente a vida do irmão e até mesmo dos pais. Abaixo vocês conferem um trecho dos depoimentos de Beth e o documentário na íntegra. 


Dr. Ken:"As pessoas tem medo de você Beth?" 
Beth: "Sim."
Dr. Ken: "Seus pais tem medo de você?"
Beth: "Sim."
Dr. Ken: "O que você faria com eles?"
Beth: "Esfaquearia." 
Dr. Ken: "O que você faria com seu irmão?"
Beth: "O mataria."
Dr. Ken: "Em quem você gostaria de enfiar alfinetes?"
Beth: "Na mamãe e no papai."
Dr. Ken: "O que você gostaria que acontecesse com eles?"
Beth: "Que eles morressem."


A Ira de Um Anjo



*Este livro foi cedido em parceria com a Editora DarkSide Books.






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O último adeus e uma oportunidade para fazer o bem

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Oi gente, tudo bem?

Recentemente a Darkside Books lançou o livro O último adeus, de Cynthia Hand, que eu já recebi, mas ainda não tive oportunidade de ler... Contudo, mesmo sem conhecer a história, eu mergulhei de cabeça na ação da Editora, que é simples, mas muito interessante e inspiradora: sair pela cidade deixando frases de estímulo e positividade. 

Aproveitei que no final de semana eu viajei para Ouro Preto, uma cidade perto de Belo Horizonte que eu amo e é repleta de turistas, para deixar algumas mensagens por lá. Coloquei em placas de trânsito, murais de avisos, postes, portas etc. Fotografei algumas mensagens e espero que gostem:
O interessante do projeto é que enquanto você pensa em uma forma de inspirar alguém e alegrar o dia daquela pessoa que você nem conhece, é que você se alegra e torna o seu dia mais especial. Sabe a ideia de fazer o bem sem olhar a quem? É exatamente isso... 

Adorei ter participado e com certeza continuarei fazendo isso em Belo Horizonte. Fiquei muito feliz por lá, quando vi algumas pessoas lendo as mensagens que eu tinha acabado de colocar e sorrindo. 

Como falei no início, ainda não li o livro, com isso, indico MUITO a resenha da Anna Shermak, do Pausa para um Café. O post dela ficou incrível e confesso: me fez chorar!

Espero que vocês animem participar dessa ação e coloquem os seus recadinhos por aí... Se quiserem, postem as fotos no instagram com a tag #oultimoadeus. Será ótimo acompanhar!

Beijos e até a próxima! :)



10 Passagens incríveis do livro "Textos Para Nada", de Samuel Beckett

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 O livro Textos Para Nada, (sobre o qual falamos aquido autor irlandês Samuel Beckett  é considerado uma das obras mais expressivas do autor, e tem passagens incríveis que merecem ser destacadas. Confira abaixo alguns dos trechos mais incríveis do livro: 


______________________________________

"Não posso ficar, não posso partir, vejamos o que vem a seguir."

Aqui, sair daqui, e ir para outro lugar, ou ficar aqui mas indo e vinda. Mexa-se primeiro, é preciso de um corpo, sou um corpo, um corpo que se mexe, para a frente, para trás, que sobe e desce conforme necessidades.

"Não sei, estou aqui, é só o que sei, e que ainda não sou eu, é com isso que é preciso se virar. Não há carne em lugar nenhum, nem modo algum de morrer. "

Para onde eu iria, se pudesse ir, o que seria, se pudesse ser, o que diria, se tivesse uma voz, quem é que fala assim, dizendo que sou eu? Respondam simplesmente, que alguém responda simplesmente.

"É o mesmo desconhecido de sempre, o único para quem existo, no vão de minha inexistência, da sua, da nossa, eis uma simples resposta."

Só as palavras rompem o silêncio, todo o resto se calou. Se me calasse, não ouviria mais nada. Mas se me calasse os outros ruídos recomeçariam, aqueles para os quais as palavras me tornaram surdo, ou que realmente cessaram. Mas eu me calo, acontece, não, nunca, nem por um segundo.

"Para vagar uns instantes livre num sonho de dias e noites, imaginando que estou indo, de estação do ano em estação do ano, rumo à última, como alguém vivo, antes de estar, de repente, aqui, sem memória."


(...) não, não estou do lado de fora, estou debaixo da terra, ou no meu corpo nalgum lugar, ou noutro corpo, e o tempo continua a devorar (...)

"Também choro, sem parar. É um fluxo ininterrupto de palavras e lágrimas. Tudo sem refletir. "

E se houvesse um dia aqui, onde não há dias, não é um lugar, vindo da impossível voz, o infactível ser, e um lampejo de luz, ainda assim tudo estaria silencioso e vazio e escuro, como agora, como em breve, quando tudo tiver acabado, tudo sido dito, ela diz, murmura. 



Espero que tenham gostado das quotes! Até a próxima!



                                                                       



Outro Conto Sombrio dos Grimm, de Adam Gwitz

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 Que a maioria dos contos de fadas originais possuem desfechos horripilantes muita gente já sabe não é mesmo? Quem já leu Irmãos Grimm e Andersen sabe muito bem que os contos de fadas originais poderiam ser considerados inapropriados para crianças hoje em dia. Assassinatos, roubos, estupros e muito sangue costumavam estar presentes nos contos que à princípio tinham como finalidade alertar (de forma não muito didática diga-se de passagem) crianças que se arrepiavam diante dos desfechos trágicos e das lições de moral presente nestas histórias. 

Em Outro Conto Sombrio dos Grimm, sequência do livro Um Conto Sombrio dos Grimm, Adam Gwitz revisitou os contos de fadas em suas raízes e os adaptou através de elementos contemporâneos. João e o Pé de Feijão por exemplo ganhou uma versão mais sombria e muito mais assustadora do que as versões mais populares. Ao revistar o conto clássico dos feijões mágicos, Adam conseguiu trazer o lado sombrio característico dos contos originais, conciliando com a ternura e a leveza necessária em toda história infantil através do humor, criando uma versão mais amena do que as originais.



"Para encontrar o que buscas, olhe para si"







O livro possui altas doses de humor que quebram o horror de algumas sequências mais macabras. Adam Gwitz deu vida à personagens como Jill e o sapo de três pernas e narrou com originalidade o conto clássico. 

O tom cômico e horripilante dão ritmo à história narrada através da escrita fluida de Adam, que nos prende do início ao fim. O autor não se limitou às conclusões morais originais ou das releituras famosas, fazendo suas intervenções e tirando suas próprias conclusões ao longo do texto de forma irônica, divertida e envolvente. 

A forma como os contos são construídos e interligados também é bastante interessante, já que o autor mesclou diversas referências para "costurar" os contos. Assim como em Um Conto Sombrio dos Grimm, Adam Gwitz deixa sua marca na arte de recontar histórias, com muita personalidade e senso de humor. 





“Com toda dignidade que havia sobrado, o pequeno sapo mancou para fora do quarto dela, desceu a enorme escada e saiu noite afora, deixando um rastro de sangue de sapo por onde passava.





A edição da Galera Record está incrível, bem revisada, com uma bela capa, um ótimo papel e uma diagramação super confortável para leitura. Uma ótima pedida pra quem adora releituras de contos de fadas e histórias clássicas!






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A Arte de Voar, Antonio Altarriba e Kim

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Histórias em quadrinhos (ou simplesmente quadrinhos) representam, em uma resposta bem simplificada, a arte de narrar histórias e expressar sentimentos e emoções através de imagens sequenciais aliadas ou não a um roteiro que pode representado por balões e requadros. O gênero engloba uma infinidade incrível de histórias, sentimentos, expressões e situações: nos fazem sorrir, outros nos contam uma bela história de amor, alguns são biográficos, outros nos emocionam e outros tantos são capazes de nos fazer refletir por vários e vários dias, ou até semanas. 

Entretanto, existem alguns quadrinhos que são capazes de nos marcar de uma forma inesquecível, provocando quase todos os tipos de sentimento e fazendo o que toda boa história deve fazer: nos tirar da zona de conforto. Estes quadrinhos nos tocam de maneira única, nos distanciam do presente e fazem com que a gente sinta como se vivesse uma outra vida ao longo da leitura. 



Este é o caso do quadrinho A Arte de Voar, uma graphic novel espetacular de Antonio Altarriba e Kim, publicada no Brasil pela Editora Veneta que vem se destacando cada dia mais com quadrinhos de muita qualidade e elogiadíssimos pela crítica. 




A história começa em 4 de maio de 2001 e abre com drama de um homem deprimido de 90 anos de idade que enfrenta problemas de saúde que o impossibilitam de realizar tarefas simples, como calçar os próprios sapatos. Ao longo da história vamos percebendo que este é só mais um entre tantos golpes do destino em toda sua vida, que aos seus olhos é um compilado de tristezas, fracassos e frustrações. Cansado e deprimido, ele escolhe morrer jogando-se do quarto andar da clínica de repouso onde vive, sentindo-se livre para tomar esta decisão depois de viver 90 anos de uma vida com poucas e ou até nenhuma escolha.

Depois do suicídio várias perguntas surgiram e imediatamente eu quis entender o que levou este homem a por fim à própria vida. E é nesse momento que a história ganha contornos interessantes: seu filho, o autor deste quadrinho, em uma espécie de transubstanciação, passa a narrar a história como se fosse seu pai. A perspectiva desta fusão é bem interessante, já que capta a essência do protagonista e cria uma aproximação com toda a melancolia da história.  

Desde o começo somos confrontados com a infância sofrida, o modo de vida rústico e as agressões verbais e físicas dos irmãos mais velhos e do pai, aliadas à falta de perspectiva de Antonio. Apesar de lutar desde cedo contra a infelicidade que o cerca, Antonio sempre enfrenta várias dificuldades e fracassa em todas as suas tentativas de ter uma vida um pouco melhor. Os raros momentos de felicidade sempre são breves e interrompidos por algum tipo de frustração, como a morte do melhor amigo ou o fiasco na tentativa de emprego longe da fazenda onde morava com a família que tanto o fazia sofrer. 

Toda a vida de Antonio é desenrolada diante de nossos olhos, cheia de detalhes: os conflitos políticos da Guerra Civil Espanhola, seguida pela segunda Guerra Mundial, o casamento, o nascimento do filho, o desgaste do seu relacionamento com a esposa, o fim da Guerra e suas marcas permanentes, a busca por um recomeço e a apatia dos dias que se seguem. 

A cada breve momento de alegria, um golpe do destino surgia para lhe tirar qualquer possibilidade de felicidade contínua. Assim, Antonio sofre contabilizando mais fracassos que conquistas, e sempre tem todas suas expectativas despedaçadas. 

Por essas razões e conhecendo sua história, é impossível não se sensibilizar com o quanto a vida foi cruel com Antonio. Em seus erros e em suas tentativas de acerto, Antonio é um pouco de nós, e representa momentos de decepções, frustrações, ou sonhos não realizados.  
Os conflitos políticos, o fracasso na luta por suas ideologias, as expectativas despedaçadas e a depressão de Antonio são narrados com melancolia e um comovente tom pessimista, mas sem soar piegas ou melodramático. Isto deixa a narrativa ainda mais realista, já que Antonio é um pouco de todos nós em algum momento. A edição ainda conta com o emocionante depoimento do autor da HQ, que, não bastasse a perda do pai, recebeu uma cobrança referente aos 4 dias do mês que Antonio passou na clínica antes de sua morte. Uma cobrança descabida de exatos 34 Euros que comprovam o quanto nossa sociedade pode ser cruel e mesquinha, como foi com Antonio. Vale a pena ler cada linha para conhecer a motivação e o processo criativo da HQ. 

Se você já leu Mausvencedor do Pulitzer de literatura, provavelmente identificou algumas semelhanças entre o quadrinho de Art Spiegelman e A Arte de Voar: os dois quadrinhos são brilhantes, sensíveis, ambos se passam em um cenário de guerra (mais precisamente da Segunda Guerra) e ambos são narrados por seus filhos. Em termos de experiência de leitura fiquei ainda mais comovida por A Arte de Voar, que se tornou sem sombra de dúvidas um dos meus quadrinhos favoritos.

O traço de Kim é incrível e rico em detalhes, dando a densidade que a história merece. O roteiro não poderia ser mais mais emocionante. Me comovi em vários momentos e de certa forma vivi todo o drama de Antonio, como se fosse parte dele também. 

Retardei a leitura e torci para que a história não acabasse, para que ele pudesse encontrar a felicidade em algum momento, como deveria acontecer depois dos momentos difíceis, pra qualquer pessoa. O final? Vocês já sabem, mas os detalhes e o ponto de vista de Antonio vou preservar para que você possa descobrir por conta própria. Espero que seja uma experiência tão incrível pra você quanto foi pra mim. 




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Academia Jedi- O retorno de Padawan, de Jeffrey Brow

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Depois do sucesso de Academia Jedi (resenha aqui), chegou a vez do Roan voltar aos quadrinhos em O Retorno de Padawan pelos traços de Jeffrey Brow.

O pequeno Padawan retorna das férias em seu planeta bastante ansioso para rever seus amigos e desta vez cheio de confiança de que as coisas serão bem diferentes em relação ao seu primeiro semestre como calouro na Academia Jedi.

E até que no começo tudo ocorreu dentro do esperado. Mesmo chegando antes do incício das aulas e tendo que esperar sozinho, Roan reencontrou Gaiana e Pasha, visitou um planeta congelado, e chegou até a construir um robô bem legal para um trabalho na academia. 

Entretanto, só pra variar, claro que Roan se envolveu em algumas enrascadas. Depois de subestimar a dedicação e os estudos necessários para fazer o treinamento de piloto, Roan tem um desempenho ruim nas avaliações, sem perceber acaba afastando os amigos Pasha e Gaiana e pra piorar o Hololivro - uma espécie de rede social dos alunos, estimulou as maldades de Cronah, Cyrus e Jo- Ahn, sempre prontos para praticar bullying com os colegas. 

Com o tempo, seus amigos se afastaram enquanto a turma de Cronah se aproximou de Roan, o que aumentou ainda mais a barreira entre ele e as outras pessoas. Roan se sente sozinho, sofrendo com a distância e com uma possível aproximação entre Gaiana e Pasha. Além disto ele passa a desenhar menos e precisa batalhar por melhores notas na academia. Grandes desafios para quem acreditava que o semestre ia ser moleza. Parece que não vai ser tão fácil recuperar as suas notas e a companhia de seus amigos.

Mais uma vez Jeffrey Brow surpreende com muito humor, diversão e até com emoção. O roteiro é incrível e proporciona várias risadas ao longo de todo o quadrinho. A edição é linda e nos leva pra uma viagem incrível pela academia jedi. Uma ótima pedida para crianças e adultos! 


*Este livro é uma cortesia da Editora Aleph, nossa parceira. 




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Persuasão e sua edição de bolso luxo publicada pela Editora Zahar

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A Editora Zahar, vem se tornando referência ao trazer para o Brasil grandes clássicos da literatura mundial em belíssimas edições de luxo. As edições da coleção Clássicos Zahar tem um acabamento impecável, folha amarelada, um cuidado especial com a tradução e revisão, além de apresentar uma diagramação ideal para deixar a leitura super confortável. Algumas edições contam também extras exclusivos que enriquecem a nossa experiência de leitura.

Além disso, tanto a coleção de clássicos, quanto a coleção de bolso possuem capa dura, o que é um diferencial quando se trata de edições de bolso. Uma das apostas recentes da editora é o livro Persuasão, que ganhou uma versão bolso de luxo incrível, pra encher os olhos de fãs e colecionares.

Persuasão é último romance escrito pela renomada escritora inglesa Jane Austen. Aqui no blog nós já mostramos os detalhes da livro (resenha aqui) e indicamos as nossas citações e passagens prediletas (aqui). 

Abaixo você confere algumas fotos e detalhes da edição!

"Anne, cujo caráter elegante e trato gentil teriam lhe garantido um lugar de destaque em qualquer grupo dotado de real discernimento, não era ninguém nem aos olhos do pai, nem aos da irmã; sua palavra nada valia, seu papel era de ceder sempre - ela era apenas Anne." 




 "Ela foi persuadida a considerar o noivado uma decisão errada: indiscreta, imprópria, praticamente incapaz de sucesso e indigna deste."






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As fases da Lua, de de Clarissa Corrêa, Bianca Briones, Liliane Prata, Leila Rego e Jennifer Brown

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Publicado pela Editora Gutenberg no mês de junho, o livro As fases da Lua reúne cinco histórias contadas por escritoras muito queridas pelo público jovem: Clarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones, Leila Rego e Jennifer Brown.

Com histórias sobre o amor e as reviravoltas que a vida dá, o livro possui uma linguagem envolvente e fluída, e os contos são independentes, sendo que cada um deles representa uma fase da lua: Clarissa Corrêa escolheu a lua crescente, Liliane Prata a lua cheia, Bianca Briones a lua minguante e Leila Rego a lua nova... A Jennifer Brown, por sua vez, escreveu um texto extra, sobre uma lua que ela chamou de azul.

O interessante do livro é que os contos apresentam mulheres diferentes, em fases diferentes da vida, mas que enfrentam situações inusitadas enquanto lutam pelo amor e pela felicidade. Assim como a lua, a vida das nossas protagonistas passam por diversas fases e em alguns momentos brilham mais, em outros brilham menos...

Querem saber um pouco sobre cada conto? Então vamos lá...
Caminhos Cruzados, de Clarissa Corrêa:

A autora escolheu a lua crescente e contou a trajetória de Alice, uma jovem independente e segura de si, que tinha diversos problemas com a mãe e com a irmã, já que costumava agir de forma egoísta e mimada.

O maior desejo de Alice era se mudar para São Paulo e fazer faculdade, contudo, quando ela estava prestar a realizar esse sonho, ela se apaixonou por Gustavo, o rapaz mais bonito da cidade. A relação entre os dois, além de ter atrasados os seus planos de vida, foi uma grande decepção, fazendo com que ela se tornasse uma pessoa ainda mais fria e amarga. 

Apesar de todo o sofrimento, Alice teve a ajuda de uma tia, e resolveu recomeçar. Com isso, ela finalmente se mudou para São Paulo na tentativa de realizar o antigo sonho da faculdade.

Acontece que a vida sempre tem algo a ensinar, e na nova cidade a garota passou por novos e difíceis problemas. O baque foi muito maior que o anterior e diante disso ela se afastou de tudo e de todos. 

Completamente sem rumo e sem saber como agir diante do mundo, Alice contou mais uma vez com a tia Antônia, que lhe disse umas verdades e fez com que ela parasse para refletir sobre a própria vida e sobre as escolhas que estava fazendo. Naquele momento, dois amigos também apareceram e lhe disseram palavras dolorosas, mas necessárias. 

Chocada com tudo, Alice se mudou para um lugar distante de tudo e de todos, onde teve oportunidade de pensar sobre suas escolhas e sobre o seu comportamento.

Essa é uma história sobre sentimentos feridos, decepções, egoísmo, amizade e amadurecimento. 

Algumas coisas que aprendi, de Liliane Prata:

Liliane escolheu a lua cheia e contou a história de Lena, uma mulher que tinha um único objetivo: conquistar o amor e a atenção de Du! Acontece que o rapaz não queria nada sério, com isso ela vivia em uma angústia constante e passava a maior parte do tempo sofrendo e vigiando todos os passos do rapaz por meio das redes sociais.

A angústia, que parecia não ter fim, só diminuiu quando ela precisou fazer uma viagem para visitar uma amiga que perdeu um familiar. Quando ela saiu da sua cidade, teve a oportunidade de vivenciar novas experiência e repensar sobre a própria vida. 

Essa é uma história divertida e interessante, que fala sobre amor próprio e sobre a importância de reconhecer as próprias qualidades antes de se doar por completo a alguém.
Se você pudesse ficar, de Bianca Briones:

Bianca escolheu a lua minguante para narrar a trajetória de Bruna e Gui, dois jovens que cresceram juntos e que acabaram transformando a amizade em amor. A relação entre eles era perfeita e todos falavam que eles eram como Peter e Wendy. 

Acontece que na medida em que eles foram se tornando adultos, a vida passou a impor muitas responsabilidades e quando os problemas começaram a aparecer, eles precisaram encarar a realidade: o conto de fadas estava chegando ao fim.

Uma história intensa e realista, sobre as dificuldades que a vida nos coloca e sobre as complicações que um amor verdadeiro precisa enfrentar.

Minha canção favorita, de Leila Rego:

A Leila escolheu a lua nova e contou a vida de Dora, uma médica super tímida e reservada, que não estava disposta a se apaixonar e a entrar em um novo relacionamento, mas que foi surpreendida por Ricardo, um jovem super inteligente e sedutor, que ela teve a oportunidade de conhecer em um Congresso em Salvador. 

Essa é uma história sobre personagens maduros, com duras experiências e com dificuldades para aceitar as novas oportunidades que a vida permite. Uma história interessante e intensa, que fala sobre o medo de amar.

Oráculo Azul, de Jennifer Brown:

Eu já falei desse conto aqui no blog, quando recebi a prévia que a Editora Gutenberg me enviou, então se quiserem saber detalhes, podem clicar aqui...

Vale ressaltar que Jennifer Brown não criou uma história sobre relacionamentos amorosos, mas sim sobre vínculos familiares e a forma como eles podem influenciar na nossa formação e na nossa personalidade. Uma história com uma reflexão interessante sobre cada uma de nossas escolhas e sobre a importância de seguirmos o nosso coração.

Se você gosta de romance, de contos de fadas, de histórias sobre amores perfeitos (ou imperfeitos), com certeza vai adorar esse livro! 









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